Portugal contabiliza hoje mais 19 mortos relacionados com a covid-19 e 2.577 casos confirmados de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim hoje divulgado, Portugal já contabilizou 118.686 casos confirmados e 2.316 óbitos desde o início da pandemia de covid-19.
As autoridades de saúde têm 58.749 pessoas em vigilância, mais 1.725 do que no sábado.
A DGS revela ainda que estão ativos 47.493 casos, mais 1.523.
Nas últimas 24 horas 1.035 doentes recuperaram, totalizando 68.877 desde o início da pandemia.
Relativamente aos internamentos hospitalares, o boletim revela que nas últimas 24 horas há mais 119 pessoas internadas totalizando 1.574. Nos cuidados intensivos estão 230, mais nove em relação a sábado.
Segundo o boletim epidemiológico, das 19 mortes registadas, 10 ocorreram na região Norte, oito em Lisboa e Vale do Tejo e uma no Alentejo.
Portugal registou hoje um novo recorde de internamentos desde o início da pandemia de covid-19, com 1.574 pessoas hospitalizadas e 230 em unidades de cuidados intensivos
A região Norte continua a registar o maior número de novas infeções diárias, mais 1.696 casos hoje, totalizando 50.299, e 1.022 mortos desde o início da pandemia.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados 492 novos casos de infeção, contabilizando a região 52.832 casos e 927 mortes.
Na região Centro registaram-se 290 novos casos, contabilizando 9.951 infeções e 291 mortos.
No Alentejo foram registados 44 novos casos de infeção, totalizando 2.412 com um total de 36 mortos desde o início da pandemia.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 42 casos de infeção, somando 2.469 casos e 25 mortos.
Na Região Autónoma dos Açores foram registados mais dois casos nas últimas 24 horas, somando 340 infeções detetadas e 15 mortos desde o início da pandemia.
A Madeira registou 11 novos casos nas últimas 24 horas, contabilizando 383 infeções, sem óbitos até hoje.
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
No total, o novo coronavírus já afetou em Portugal pelo menos 54.054 homens e 64.632 mulheres, de acordo com os casos declarados.
Do total de vítimas mortais, 1.181 eram homens e 1.135 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 42,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
EM ATUALIZAÇÃO
O boletim de segunda-feira divulgou o número de casos por concelhos, sendo Lisboa o que continua a apresentar mais infeções (8.241), seguido de Sintra (6.763), Loures (3.891) e Amadora (3.470).
O concelho de Vila Nova de Gaia regista 2.888 infeções por SARS-CoV-2, Porto 2.884, Odivelas 2.676, Cascais 2.695, Oeiras 2.131, Vila Franca de Xira 2.007, Matosinhos 1.929, Braga 1.819, Guimarães 1.772, Almada 1.660, Seixal 1.603, Gondomar 1.523, Maia 1.418, Paço de Ferreira 1.303, Valongo 1.160 e Vila Nova de Famalicão 1021 precisa o relatório da situação epidemiológica da covid-19 em Portugal.
Os restantes concelhos que constam da lista do relatório registam valores abaixo dos mil casos.
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Todos os concelhos algarvios têm casos ativos
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados Covid-19 elevava-se a 2242 (DGS apresenta hoje 2.427), com 28 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 25).
À data de domingo, dia 18, a região do Algarve apresentava 796 casos ativos de doentes com Covid-19 e 1420 recuperados.
Os quatro concelhos com mais casos ativos são:
ALBUFEIRA com 159 (20% do total),
LOULÉ com 110 (14%),
LAGOS e PORTIMÃO com 93 cada (12%).
Os concelhos algarvios com menos de dez casos ativos são apenas dois: Aljezur e Monchique com 2 casos ativos cada.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
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Espanha com novo estado de emergência que permitirá recolher obrigatório
O Governo de Espanha aprovou hoje o estado de emergência sanitária que permitirá a instauração do recolher obrigatório em todo o país para travar a de casos do novo coronavírus, anunciou o primeiro-ministro.
O estado de alerta – nome exato deste regime de exceção que corresponde a um estado de emergência sanitária – durará até abril, ou seja, seis meses, segundo a Radio Televisão Nacional espanhola (RTVE).
Além disso, incluirá um recolher obrigatório noturno, entre as 23:00 e as 06:00 em todo o país, segundo a mesma fonte.
Espanha já registou mais de um milhão de casos de covid-19 desde o início da pandemia, entre os quais à volta de 35 mil mortes.
Pandemia de covid-19 já fez 1.151.077 mortos entre 42,9 milhões de infetados
A pandemia do novo coronavírus fez pelo menos 1.151.077 mortos desde que começou no fim de dezembro de 2019 na CHina, de acordo com um balanço feito hoje pela agência France-Presse.
Os casos diagnosticados oficialmente de infeção pelo novo coronavírus ascendem a 42.694.790, dos quais 28.991.400 foram dados como recuperados, embora estes números não reflitam a totalidade do número real de contágios, uma vez que alguns países apenas fazem testes aos casos graves de covid-19, enquanto outros têm menos capacidade de testagem.
Nas últimas 24 horas, registaram-se 466.838 casos em todo o mundo e 5.765 pessoas com covid-19 morreram.
Os países com maior número de mortes nos balanços mais recentes são os Estados Unidos, com 906 mortes, Índia, com 578, e Brasil, com 432.
Os Estados Unidos são o país com mais casos de infeção (8.578.063) e mortes com covid-19 (224.906), segundo um balanço da Universidade Johns Hopkins. O número de pessoas recuperadas cifra-se nas 3.406.656.
Os outros países mais afetados pela pandemia são o Brasil, com 5.380.635 casos acumulados e 156.903 mortes, a Índia, com 7.864.811 casos e 118.534 mortes, o México (886.800 casos e 88.743 mortes) e o Reino Unido (854.010 casos e 44.745 mortes).
A China, sem contar com Macau e Hong Kong, teve oficialmente 85.790 casos (mais 15 desde sábado), dos quais 4.634 morreram e 80.981 recuperaram da infeção.
Entre os países mais afetados, o Peru é o que tem mais mortes por habitante, com 103 mortes por 100.000 habitantes, seguido da Bélgica, com 93 mortes por 100.000, Espanha e Bolívia, ambas com 74 mortes por 100.000 habitantes.
Por região, a América Latina e as Caraíbas registavam hoje às 11:00 um total de 10.897.051 casos e 390.870 mortes, os Estados Unidos e Canadá 8.791.791 casos e 234.826 mortes, a Ásia tinha 10.153.519 casos e 165.627 mortes, o Médio Oriente tinha 2.424.331 casos e 56.245 mortes, a África 1.709.040 casos e 41.102 mortes e a Oceânia 33.967 casos com 1.012 mortes.
Itália encerra teatros e cinemas e obriga bares e restaurantes a encerrar às18:00
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, assinou hoje um novo decreto que impõe o encerramento de piscinas, ginásios, teatros e cinemas a partir de segunda-feira, numa tentativa de conter os contágios que dispararam no país.
A medida hoje anunciada determina ainda o encerramento às 18:00 dos bares e restaurantes.
Após horas de negociação com as regiões italianas que pretendiam ajudas para os proprietários de bares e restaurantes, foi assinado esse novo decreto em vigor entre segunda-feira e o dia 24 de novembro.
O endurecimento das medidas surge depois do aumento exponencial de casos, tendo o país registado no sábado mais 19.644 casos e 151 mortes devido à covid-19.
A Itália segue com grande preocupação o aumento de pacientes internados, que já são 12.415 em todo o país, mais 817 em relação a sexta-feira.
Relativamente aos cuidados intensivos, os dados das autoridades de saúde italianas dão conta que estão nestas unidades 1.128 pessoas, mais 79 pessoas em relação a sexta-feira.
O novo decreto lembra a obrigatoriedade do uso de máscaras em todos os momentos e é recomendável evitar receber visitas.
Embora tenha sido evitado o recolher obrigatório a nível nacional, que já existe em regiões como o Lácio, cuja capital é Roma, Campânia, Sicília, Calábria e Lombardia, as regiões têm o poder de encerrar as áreas onde se registem aglomerações a partir das 21 horas.
Restaurantes, bares, pubs, geladarias e confeitarias podem funcionar apenas das 5h às 18h, mas podem abrir aos domingos e feriados.
São permitidas apenas quatro pessoas por mesa, desde que não sejam do mesmo núcleo familiar.
Ginásios, piscinas e spas, bem como centros culturais, centros sociais, centros recreativos, salas de bingo, casinos e parques de diversões também devem ser fechados, enquanto os parques e parques infantis permanecerão abertos.
Teatros, cinemas e salas de concertos também estão encerrados, bem como os ao ar livre, sendo proibida toda a forma de organização de eventos e conferências presenciais.
A abertura das estações de esqui não será permitida, principalmente após as imagens deste sábado com longas filas e pessoas lotadas nos teleféricos.
O Governo não decretou a proibição da deslocação entre regiões, mas “recomenda veementemente a todas as pessoas que não se desloquem, por meio de transporte público ou privado, a um município que não seja o de residência, exceto para necessidades comprovadas de trabalhar ou estudar, por motivos de saúde”.
Também introduz novas medidas para aplicar a educação à distância a pelo menos 75% dos alunos dos cursos de segundo grau do ensino médio, ou seja, maiores de 14 anos.
O presidente do Governo italiano, Giuseppe Conte, deve dar hoje uma conferência de imprensa para explicar o conteúdo do novo decreto.
África supera os 1,7 milhões de infetados com o novo coronavírus
África passou hoje os 1,7 milhões de infetados e registou nas últimas 24 horas mais 223 mortos devido à covid-19, num total de 41.145 óbitos, segundo os dados mais recentes da pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nos 55 Estados-membros da organização houve mais 11.456 infetados, totalizando 1.707.741, e o número de recuperados subiu 5.144 nas últimas 24 horas, para um total de 1.399.238.
A África Austral continua a registar o maior número de casos de infeção e de mortos, registando 790.384 infetados e 20.376 vítimas mortais. Nesta região, só a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 714.246 casos e 18.944 vítimas mortais.
O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem 467.301 pessoas infetadas e 13.123 mortos e na África Oriental há 203.095 infetados e 3.786 vítimas mortais.
Na região da África Ocidental, o número de infeções é de 187.224, com 2.727 vítimas mortais, e na África Central há 59.737 casos e 1.133 óbitos.
O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 6.187 mortos e 106.397 infetados, e Marrocos contabiliza 3.255 vítimas mortais e 194.461 casos de infeção.
A Argélia surge logo a seguir, com 55.880 infeções e 1.907 mortos.
Entre os seis países mais afetados estão também a Etiópia, que regista 92.858 casos de infeção e 1.419 vítimas mortais, e a Nigéria, com 61.930 infetados e 1.129 mortos.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de mortos e Moçambique em número de casos.
Angola regista 267 óbitos e 9.026 casos, seguindo-se Cabo Verde (94 mortos e 8.322 casos), Guiné Equatorial (83 mortos e 5.079 casos), Moçambique (85 mortos e 11.895 casos), Guiné-Bissau (41 mortos e 2.403 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 935 casos).
Ordem dos Médicos alerta para “grave sobrecarga” nas urgências pela Linha SNS 24
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) alertou hoje que a atuação da Linha SNS 24, no âmbito da covid-19, causa uma “grave sobrecarga” nas urgências, pelo que defende alterações na referenciação dos doentes.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a SRCOM “considera inadmissível a forma como está a ser feita a referenciação dos doentes através da Linha SNS 24 e solicita uma atuação urgente por parte do Ministério da Saúde e da Direção-Geral da Saúde (DGS) que têm mantido, até agora, uma inexplicável passividade na resolução deste problema”.
“A Ordem dos Médicos tem recebido numerosas queixas de médicos de toda a região Centro que alertam para o encaminhamento errado, do ponto de vista clínico, através da Linha SNS 24”, é referido.
Segundo a nota, “situações não urgentes ou em que nem sequer existe doença estão a ser encaminhadas, quer para as urgências de adultos, para as urgências pediátricas e até para as unidades de cuidados de saúde primários, estando em causa a ‘grave sobrecarga’ dos serviços”.
“Estão a chegar às urgências, via SNS 24, utentes sem qualquer sintoma, nalguns casos porque estiveram em contacto com pessoas suspeitas de terem covid-19 ou porque testaram positivo, o que não constitui, só por si, indicação para serem atendidos em ambiente de urgência. Noutros casos, são doentes com sintomas ténues cuja indicação é manterem-se no seu domicílio”, explica Carlos Cortes, presidente daquela estrutura.
O responsável, citado no comunicado, alerta que o Ministério da Saúde “está a permitir, também, que as urgências sejam postos de colheita para testagem do SARS-CoV-2 e isso assume contornos muito perigosos, já que o número de patologias graves, nomeadamente descompensações de patologias crónicas, estão a ser cada vez mais frequentes e precisam de atendimento urgente”.
“De forma a evitar descoordenação, o Ministério da Saúde e a DGS têm de atualizar os procedimentos e garantir o acompanhamento e a melhor assistência nos serviços de urgência aos doentes com covid-19 e com todas as outras patologias”, defende Carlos Cortes.
A SRCOM apela ao Ministério da Saúde e à DGS que tornem públicos “os protocolos e algoritmos em vigor na Linha SNS 24 (808 24 24 24), de forma a que os médicos possam dar um contributo eficaz para melhorar o encaminhamento de doentes”.
EUA/Eleições: “O sistema de saúde é atroz neste país” – luso-americana
Uma das prioridades do próximo ocupante da Casa Branca deverá ser a reformulação do sistema de saúde nos Estados Unidos, disse à Lusa a luso-americana Rosie Nunes, que vive no vale central da Califórnia.
“O sistema de saúde é atroz neste país”, afirmou Nunes, que tem uma empresa agrícola com o marido. “Não devia ser assim. Trumpcare é como era o Obamacare e não presta”, considerou.
A luso-americana referia-se ao Affordable Care Act (ACA, vulgo Obamacare), que está em vigor desde 2010 e que deu acesso a seguros de saúde comparticipados a 20 milhões de norte-americanos.
Embora Rosie Nunes tenha um seguro de saúde privado através da sua empresa, considera que os preços são muito elevados e não há flexibilidade suficiente.
“A minha família paga 2.600 dólares [cerca de 2.200 euros] por mês pelo seguro privado, o que é escandaloso”, afirmou. “Pagamos tantos impostos. Toda a gente deve poder escolher, este não é um país comunista”, afirmou.
“Somos um país livre e nos últimos oito anos isto ficou pior, com as pessoas a serem doutrinadas por este mandado”, acrescentou.
Uma das componentes mais contestadas do ACA era a obrigatoriedade de ter um seguro de saúde, sem o qual havia uma penalização fiscal. A reforma fiscal do Presidente Donald Trump eliminou a penalização, o que levou a uma subida dos prémios de seguro.
“Toda a gente deve poder escolher que cobertura quer e a que médico ir. Um país tão desenvolvido como os Estados Unidos, é de loucos que não haja a flexibilidade de ter mais opções e escolher qual o seguro que pode ter”, considerou Rosie Nunes.
Esta posição é partilhada por Rosemary Serpa-Caso, uma assistente social que também faz parte da comunidade portuguesa de Tulare.
“Uma questão importante é o acesso a cuidados de saúde”, disse à Lusa, sobre as eleições. “Já tive de pagar couro e cabelo pelo seguro de saúde, que era fornecido pelo meu trabalho. Agora, pelo emprego do meu marido, pagamos 20 dólares por mês, quando antes pagávamos 1500”, exemplificou.
“Tem de haver um meio termo entre estes extremos”, frisou.
A lusodescendente referiu que esta situação está ligada aos problemas de saúde mental que se têm agravado na região, onde o número de sem-abrigo subiu muito.
“O problema dos sem-abrigo já existia, mas agora eles são mais visíveis”, notou. “Dizem que é São Francisco e Los Angeles a mandarem-nos para cá, mas com a maioria, 76%, a sua última residência conhecida foi no condado de Tulare”, referiu.
“O que vejo muitas vezes é que há um evento catastrófico que os leva a esse cenário”, explicou.
O mesmo problema é referenciado por Margaret DoCanto: “O que é super importante para mim, em especial no vale central em Tulare, é o problema dos sem abrigo, que está fora de controlo e a afetar o quotidiano de muita gente e muitos negócios”.
Sendo uma comunidade maioritariamente agrícola e com menor densidade populacional que o litoral, ver pessoas a viver nas ruas era uma raridade em Tulare.
“Houve um aumento significativo da população sem-abrigo na nossa área nos últimos três a quatro anos e é muito visível. Não se consegue andar na rua sem ver qualquer coisa relacionada com sem-abrigo e isso não acontecia há cinco anos, havia um ou outro. Não havia acampamentos”, destacou.
Para Margaret DoCanto, o problema tem de ser abordado em conjunção com o consumo de drogas e a saúde mental.
“Tem de se dar maior prioridade à saúde mental para que o problema seja resolvido, porque apenas arranjar um sítio para eles não vai resolver a questão no longo prazo”, considerou.
“É preciso focar na saúde mental e na reabilitação destas pessoas”, defendeu.
A reforma do sistema de saúde é um dos temas centrais da campanha presidencial que opõe o candidato democrata Joe Biden ao Presidente incumbente, o republicano Donald Trump.
No segundo e último debate entre os candidatos, que aconteceu a 22 de outubro em Nashville, Joe Biden prometeu adicionar uma opção pública e expandir o Affordable Care Act.
O Presidente Trump, cuja administração está a tentar repelir o ACA por completo nos tribunais, indicou que o sistema seria substituído por outro melhor, sem dar pormenores sobre o seu funcionamento.
A maioria dos norte-americanos tem seguros de saúde através do emprego, uma situação que se tornou muito problemática durante os últimos meses por causa da pandemia de covid-19 e os seus efeitos económicos.
De acordo com um estudo do Commonwealth Fund, até junho perto de oito milhões de pessoas tinham perdido acesso a cuidados de saúde quando ficaram desempregadas, o que cancelou também os seguros de cerca de 7 milhões de dependentes.
Cimeira Mundial da Saúde começa hoje, marcada pela pandemia
A primeira Cimeira Mundial da Saúde totalmente virtual começa hoje, num ano marcado pela pandemia da covid-19, que dominará a discussão dos políticos, académicos e representantes de organizações internacionais e farmacêuticas convidados.
A sessão de abertura, que se realiza hoje à tarde, terá intervenções do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Ghebreyesus, e de representantes das farmacêuticas Sanofi e Pfizer, entre outros.
Até terça-feira, estarão em contacto 300 representantes de cerca de uma centena de países em 50 sessões de discussão.
Portugal estará representado pela ministra da Saúde, Marta Temido, e pelo deputado social-democrata Ricardo Batista Leite, que é também coordenador de Saúde Pública no Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa.
O desenvolvimento de vacinas, a resposta à pandemia, a investigação em curso e a preparação para pandemias futuras serão temas em análise durante os painéis, numa cimeira em que não se falará só de covid, mas também de saúde infantil, cancro da mama, saúde e alterações climáticas, saúde feminina, HIV ou a situação específica dos refugiados e migrantes.
Os trabalhos da cimeira podem ser acompanhados em (https://www.worldhealthsummit.org), após registo.
Covid-19: Colômbia ultrapassa o milhão de casos
A Colômbia ultrapassou neste sábado o milhão de infetados com o novo coronavírus, tornando-se no segundo país da América Latina a chegar a esse número em menos de uma semana.
A nação de 50 milhões de habitantes atingiu o pico em agosto e diminuiu desde então, mas ainda continua a registar cerca de oito mil infeções diárias.
A Argentina atingiu o milhão de casos confirmados na segunda-feira e o Peru e o México devem atingir esse marco nas próximas semanas. O Brasil ocupa o terceiro lugar mundial em número de casos e passou o milhão de contágios em junho.
A Colômbia tornou-se no oitavo país a atingir o milhão de casos confirmados de coronavírus. Além da Argentina e do Brasil, os outros países são Estados Unidos, Índia, Rússia, França e Espanha, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
No geral, a América Latina continua a registar alguns dos maiores números de casos, diagnosticando mais de 100 mil contágios diários, embora a Organização Mundial da Saúde indique que a Europa está a ser vítima de uma segunda vaga.
EUA registam 906 mortos e quase 90 mil casos nas últimas 24 horas
Os Estados Unidos registaram 906 mortos por covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com a contagem independente da Universidade Johns Hopkins.
Com este balanço, o país atingiu os 224.751 óbitos, com mais de 8,5 milhões de casos confirmados desde o início da pandemia, depois de terem sido identificados 88.973 contágios nas últimas 24 horas.
Nova Iorque é o estado com maior número de mortos (33.418). Só na cidade de Nova Iorque morreram 23.963 pessoas.
O Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde da Universidade de Washington estimou que até ao final do ano os Estados Unidos terão ultrapassado as 315 mil mortes, com o número a subir para as 385 mil a 01 de fevereiro de 2021.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos e também com mais casos de infeção confirmados.
França atinge recorde diário de novos casos com 45.422 contágios
A França atingiu hoje um novo recorde de casos diários de infeção de covid-19, com mais 45.422 pessoas a contraírem a doença nas últimas 24 horas, anunciou a Agência de Saúde Pública do país.
O número diário de contaminações aumentou em 3.390 comparativamente aos dados apresentados na sexta-feira, dia em que a França ultrapassou um milhão de casos confirmados desde o início da pandemia.
O país contabilizou mais 138 mortes, totalizando 34.645 óbitos, numa altura em que a taxa de positividade dos testes alcançou os 16%, face aos 15,1% da véspera e aos 4,5% que se registavam no início de setembro.
Nos cuidados intensivos, encontram-se quase 2.500 pacientes infetados, 233 dos quais nas últimas 24 horas.
O número de camas disponíveis nos cuidados intensivos situa-se à volta das 5.800, mas pode aumentar para 7.700 em menos de 15 dias, disse o ministro da Saúde francês, Olivier Véran.
Na primavera, durante o pico da pandemia, eram mais de 7.000 os pacientes hospitalizados nos cuidados intensivos.
São mais 1.667 os indivíduos internados nas últimas 24 horas, elevando o valor de hospitalizados para 15.637.
Trump diz que é “estúpido” EUA fazerem tantos testes ao novo coronavírus
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou hoje “estúpido” que o seu país faça tantos testes para detetar covid-19, parecendo defender a sua redução, um dia depois de os EUA registarem um novo recorde de contágios.
Num comício no Estado da Carolina do Norte, Trump gozou dos meios de comunicação por “não pararem de falar da covid-19” e gabou-se que “os dados” sobre a pandemia nos Estados Unidos “são incríveis”, apesar do recorde diário de mais de 85.000 novos casos na sexta-feira
“Sabem porque temos tantos casos? Porque fazemos muitos testes. E em muitos sentidos, isso é bom, e em muitos outros, é estúpido. Em muitos aspetos, é muito estúpido”, afirmou Donald Trump, na cidade de Lumberton, o primeiro dos três comícios que tem previsto para hoje.
“Se cortarmos pela metade os testes que fazemos, os casos reduziam para metade”, acrescentou o Presidente, sublinhando que os Estados Unidos “gastam muito dinheiro a fazer testes”.
Trump alegou que a quantidade de testes que se fazem revela muitos casos e isso “dá aos falsos meios de comunicação algo para falar”, o que não lhe convém na campanha eleitoral, onde a sua gestão da pandemia é um dos temas chave.
Numa mensagem no Twitter, umas horas antes, Trump disse que o aumento dos casos de covid-19 “inclui muitas pessoas de baixo risco”, e acusou os media de “fazer tudo o possível para criar medo antes de 03 de novembro”, data das eleições.
Os especialistas desmentem o argumento de Trump de que os casos sobem simplesmente porque se fazem mais testes, porque essa lógica não tem em conta o facto da percentagem de testes positivos ter subido mais de um ponto percentual desde início de outubro, até 5,8% atualmente.
No total, os Estados Unidos já ultrapassaram os 8,5 milhões de casos e registaram mais de 224.400 mortes desde que começou a pandemia, mais do que nenhum outro país, segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins.
Assembleia Nacional de França aprova prorrogação do estado de emergência
A Assembleia Nacional de França votou hoje a prorrogação, até 16 de fevereiro, do estado de emergência sanitária, um regime de exceção que permite ao Governo impor restrições para enfrentar a pandemia da covid-19.
O texto, aprovado por 71 contra 35, é esperado no Senado na quarta-feira e deverá ser aprovado definitivamente no final de novembro.
Na quarta-feira, o Governo francês decidiu, em Conselho de Ministros, submeter ao parlamento um documento para prolongar o estado de emergência até 16 de fevereiro do próximo ano, altura em que poderão tomar-se novas medidas.
O estado de emergência entrou em vigor em França no dia 17 de outubro, por um período de pelo menos um mês.
De acordo com o porta-voz do Governo francês, Gabriel Attal, o texto inclui a ideia de que as restrições à circulação e à reunião, bem como o encerramento antecipado do comércio poderão prolongar-se até abril do mesmo ano.
O recolher obrigatório foi imposto em várias cidades francesas, entre as quais Paris, Lyon, Lille, Montpellier, Toulouse e Marselha.
França ultrapassou na sexta-feira o milhão de casos confirmados de covid-19 tornando-se o segundo país da Europa Ocidental, depois da Espanha, a atingir esse número simbólico de infeções.
Especialistas afirmam que o número real de infeções é provavelmente muito maior dos divulgados oficialmente.
No total, França registou mais de 34.000 mortes associadas ao novo coronavírus, um dos números mais altos na Europa.
É essencial que OE dê “sinal claro” de investimento na saúde” – Sindicato Médicos
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) declarou hoje que “é essencial que o Orçamento do Estado dê um sinal claro de investimento na saúde” e alertou que há menos médicos do que há um ano.
“Os médicos este ano são menos do que o ano passado, os médicos que se vão reformar nos próximos três anos a nível dos médicos de família serão cerca de 1.300, e médicos hospitalares cerca de 1.500”, disse Roque da Cunha, considerando que os recursos humanos são “claramente insuficientes”.
O secretário-geral do SIM falava aos jornalistas no final de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para analisar a atual situação pandémica no país provocada pelo novo coronavírus.
Segundo Roque da Cunha, já havia problemas antes de 2019 quanto à falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o que agora “a pandemia pôs a nu”.
“È preciso que este Orçamento de Estado invista verdadeiramente no SNS”, insistiu o dirigente do SIM, observando que o apelo do sindicato é para que o Governo encare esta pandemia de “uma forma séria”, pois há milhares de doentes (não covid) que precisam de tratamento.
Em seu entender, “é preciso que o primeiro-ministro, o Governo e a Assembleia da República tratem esta pandemia de uma forma séria”.
O secretário-geral do SIM alertou também para a necessidade de o SNS acudir aos milhares de doentes que precisam de tratamento, avisando para a falta de pediatras no Hospital de Évora, internistas no Hospital Garcia de Orta e de médicos em Castelo Branco e na Guarda.
Questionado se a atual situação pandémica em Portugal justifica a declaração do estado de emergência, Roque da Cunha replicou que isso “é uma decisão política”, mas que, para o sindicato, o que é fundamental é a “possibilidade de tratar os doentes nos centros de saúde”, devendo os hospitais estar “disponíveis para fazer as suas cirurgias”.
Quanto aos vários surtos em lares, Roque da Cunha disse que é preciso “controlar a situação”, observando que as instituições têm que ter a responsabilidade de garantir médicos nesses lares e o governo têm também essa responsabilidade de apoiar as instituições.
“De outra forma, pensar que os médicos do SNS vão substituir as férias dos médicos que lá estão é um erro clamoroso”, advertiu.
Anestesista infetada com covid-19 obriga Hospital de Santarém a desviar grávidas urgentes
O Hospital de Santarém pediu ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) para encaminhar situações críticas de urgência de grávidas para outros hospitais, tendo em conta que uma médica anestesista teve resultado positivo ao novo coronavírus.
A presidente do Conselho de Administração do Hospital Distrital de Santarém (HDS), Ana Infante, disse hoje à Lusa que o resultado do teste foi conhecido no sábado, tendo sido hoje testados os sete anestesistas que tiveram contacto com aquela profissional de saúde, os quais se encontram em isolamento profilático até serem conhecidos os resultados.
Afirmando que, neste momento, o HDS tem apenas três anestesistas ao serviço (que não tiveram contacto com a médica infetada), Ana Infante adiantou que, por prevenção, foi pedido ao CODU o encaminhamento das grávidas que necessitem de tratamento urgente, em particular as que precisem de cesariana, para os hospitais de referência (Vila Franca de Xira, Tomar e Abrantes).
A presidente do HDS disse que os resultados dos testes realizados aos sete anestesistas, colocados de imediato em isolamento profilático por indicação da delegada de saúde, deverão ser conhecidos até ao final do dia de hoje, realizando-se de imediato uma reunião do Conselho de Administração “para decidir o que fazer perante o resultado”.
“Provavelmente não estarão positivos, é a nossa esperança, e se não estiverem poderão regressar ao trabalho”, disse.
Contudo, se se mantiverem afastados, o hospital “terá de avaliar que valências” pode não conseguir assegurar, afirmou, apontando o caso das cirurgias programadas.
Ana Infante adiantou que, mesmo que tenha de adiar cirurgias programadas, o HDS tem condições para assegurar as cirurgias urgentes, uma vez que três dos 11 anestesistas do hospital se mantêm ativos.
Num ponto de situação sobre os profissionais afastados do serviço devido à covid-19, a presidente da administração do HDS afirmou que há, neste momento, cerca de 40 infetados e mais cerca de 75 em isolamento profilático por terem tido contactos de risco.
“Claro que, dos primeiros, os que estiverem curados começarão a regressar brevemente, vão regressando gradualmente”, disse.
Quanto aos doentes com a covid-19 internados no HDS, atualmente encontram-se 27 em enfermaria e três na Unidade de Cuidados Intensivos, adiantou.
Ana Infante assegurou que o hospital “continua a dar a resposta necessária aos seus utentes, com muito esforço das equipas” que se mantêm a trabalhar, reforçando os seus horários.
Além deste reforço, o HDS tinha contratado 15 enfermeiros, o que “permitiu alguma margem para os que estão ausentes”, além de que alguns enfermeiros (grupo que foi mais afetado) “que estavam em segundos elementos de chefia foram deslocados para a prestação de cuidados”.
“Portanto, em termos de cuidados está tudo assegurado”, disse, realçando ainda o esforço dos enfermeiros da saúde ocupacional, que “chegam a sair do hospital às 03:00 para fazer todos os contactos, reportar à tutela os dados, definir normas para as famílias” dos profissionais em isolamento.
“Há um acréscimo de trabalho de todos, mas está assegurado”, declarou.
Portugal contabiliza pelo menos 2.297 mortos associados à covid-19 em 116.109 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).