Esta segunda-feira, o boletim da Direção-Geral da Saúde assinala mais 32.758 novos casos de covid-19 em Portugal, dos quais 889 na região algarvia, 44 mortes – três no Algarve – e 12.875 recuperados. São agora 509.628 os casos ativos, mais 19.839 do que no dia anterior: é o número diário mais elevado registado desde o início da pandemia.
No que toca aos dados sobre os internamentos devido à doença, há agora 2348 pessoas internadas em enfermaria (mais 129 do que ontem), e 172 em unidades de cuidados intensivos (um aumento de 12 pessoas).
Quanto à matriz de risco, atualizada hoje, o índice de transmissibilidade (Rt) é de 1,15 em todo o país e no continente (era de 1,10 em Portugal e no continente, no boletim anterior). A incidência atingiu um novo máximo: 5322,6 casos por 100 mil habitantes a nível nacional e 5262,8 no continente (último registo foi de 4731,3 e 4674,0, respetivamente).
Os números gerais da pandemia desde março de 2020, quando foi conhecido o primeiro caso em Portugal, são os seguintes: 2.254.583 casos confirmados, 1.725.342 de recuperados, 19.613 óbitos. Neste momento há 501.119 contactos em vigilância – um novo máximo da pandemia – com mais 22.236 pessoas nas últimas 24 horas.
Norte é a região com mais novos casos
Numa análise por regiões, Norte regista esta segunda-feira 15.920 casos a mais em comparação com domingo (no total já são 851.367), Lisboa e Vale do Tejo confirmou mais 9 674 (desde o começo da pandemia são 856.784), o Centro tem mais 4003 casos (304.478), o Alentejo fica-se pelos 666 novos casos (74.167), e o Algarve regista um aumento na ordem dos 889 casos (86.313). A Madeira tem mais 968 casos (57.115), e os Açores com 638 (24.359).
Quanto às mortes, registam-se 16 em Lisboa e Vale do Tejo, 12 no Norte, nove no Centro, três no Algarve e duas no Alentejo. Também na Madeira há registo de duas vítimas mortais nas últimas 24 horas.
Comparativamente com a situação registada em Portugal no mesmo dia há um ano, o país tem hoje mais 21.037 novos casos de infeção – contabilizaram-se 11.721 novos casos em 24 de janeiro de 2021.
Nesta comparação, o número de internamentos é hoje inferior, uma vez que há um ano estavam internadas 6.117 pessoas, 742 das quais em cuidados intensivos, havendo também agora menos óbitos (no mesmo dia de 2021, o boletim da DGS contabilizava 275 mortes nas 24 horas anteriores).
O maior número de óbitos desde o início da pandemia concentra-se nos idosos com mais de 80 anos (12.688), seguindo-se as faixas etárias entre os 70 e os 79 anos (4.259) e entre os 60 e os 69 anos (1.805).
Pandemia pode terminar em breve na Europa
O diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS) Europa afirmou, este domingo, que a variante Ómicron, que pode infetar 60% dos europeus até março, deu início a uma nova fase da pandemia de covid-19 no velho continente e que a pode aproximar do fim.
“É plausível que a região esteja a chegar ao fim da pandemia”, disse Hans Kluge, pedindo ainda assim cautela devido à imprevisibilidade do vírus.
“Quando a vaga da Ómicron diminuir, haverá, por algumas semanas ou meses, imunidade geral. Seja por causa da vacina ou porque as pessoas ficarão imunes devido às infeções, para além de uma quebra por causa da sazonalidade”, acrescentou Kluge, embora reconhecendo que ainda não foi atingido o estágio da endemia.
“Endémico significa (…) que podemos prever o que vai acontecer. Este vírus surpreendeu-nos mais de uma vez. Devemos, portanto, ter muito cuidado”, insistiu o responsável da OMS na Europa.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL, com Lusa