O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) é ouvido esta quarta-feira na Assembleia da República sobre a situação no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), nomeadamente nas áreas de obstetrícia e pediatria dos hospitais de Faro e de Portimão.
O requerimento para a audição foi feito pelo PSD e em comunicado o SIM recorda que tem “publicamente denunciado e chamado a atenção para situações relacionadas com várias especialidades e Serviços no país, incluindo no CHUA”.
Os representantes dos trabalhadores referem casos como a ativação do plano de contingência nas maternidades de Faro e de Portimão em fevereiro do ano passado, “com necessidade de referenciar grávidas para hospitais mais a norte”.
Segundo o SIM, em dezembro passado, o sindicato já tinha alertado para “a cada vez maior falta de médicos pediatras a integrar cada escala de urgência de pediatria, recorrendo as unidades a médicos sem ou com outras especialidades”.
No comunicado é referido, entre outros casos, que os serviços de urgência de pediatria dos dois hospitais algarvios estão “sistematicamente” sem pediatra e “denuncia” que, na escala de obstetrícia, um médico “prestador estava escalado [para trabalhar] 84 horas seguidas”.
“O SNS [Serviço Nacional de Saúde] precisa de medidas de fundo para que seja dado um acompanhamento digno aos portugueses, que não podem deixar de passar pelo necessário reforço de meios materiais e humanos, nomeadamente médicos”, defende o SIM.
A concluir o comunicado, o sindicato manifesta a sua esperança de que “o governo não continue indiferente” a estas “situações”.