Jorge Moreira da Silva, candidato à presidência do PSD, considera que o facto de ter deixado a vice-presidência do partido para ir para a OCDE, há seis anos, o coloca “numa posição favorável para unir o partido”. Em entrevista ao “Diário de Notícias” e à “TSF”, o antigo ministro do Ambiente e ex-diretor da Cooperação para o Desenvolvimento na OCDE afirma que quer “uma reforma profunda para tornar o partido maioritário” e modernizá-lo.
“Não se pode reformar o país sem que o PSD se reforme a si próprio. Tenho uma noção muito clara de que o PSD precisa de uma mudança”, diz o antigo ministro. Para esta mudança, Jorge Moreira da Silva pretende “lançar um processo muito aberto a toda a sociedade para, durante um ano, o PSD ouvir eleitores, ouvir militantes e redefinir as suas linhas programáticas”.
O ex-diretor da Cooperação para o Desenvolvimento na OCDE acredita que o PSD precisa de se “reposicionar ideologicamente”: “Tem de abandonar a conversa do centro, da esquerda e da direita. Esses pontos cardeais estão completamente ultrapassados”. Para além disso, deseja que o PSD seja “conhecido como o partido mais moderno de Portugal, que utiliza a inteligência artificial, que utiliza a big data, que tira partido das tecnologias digitais, que substitui a lógica meramente residencial pela lógica temática”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL