O presidente da Federação do PS do Algarve e da Comissão Organizadora do Congresso de Portimão, Luís Graça, pediu este sábado a António Costa que em 2023 se recandidate novamente a secretário-geral do partido para fazer a regionalização.
“Quero terminar ajudando a dissipar o tabu”, declarou Luís Graça, no final da sua intervenção, na sessão de abertura do 23.º Congresso Nacional do PS, no Portimão Arena, acrescentando: “Há algo que falta e que está na moção do nosso secretário-geral, quando aponta a criação das regiões administrativas para 2024”.
“Pois bem, meu caro António Costa, se é em 2024, em 2023 António Costa terá de suceder a António Costa para criarmos a região administrativa do Algarve e as regiões no país”, apelou o dirigente socialista.
Antes, Luís Graça aproveitou esta ocasião para fazer um outro pedido ao secretário-geral do PS e primeiro-ministro: “Esta é a hora de o país retribuir esta generosidade do Algarve e esta solidariedade. Há 20 anos que esperamos por um hospital”.
“Esta tem de ser a hora de desatar os nós e de fazermos o hospital”, defendeu o dirigente regional socialista, aplaudido pelo secretário-geral do PS.
“Há de haver um dia” em que será uma mulher a liderar o partido
A líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, considerou hoje evidente que há de haver um dia em que será uma mulher a liderar o partido mas advertiu que ainda não é o tempo.
“O tempo há de fazer-se e é evidente que hoje, com tantas mulheres na vida política em todos os partidos, há de haver um dia em que teremos uma mulher à frente dos destinos (do PS). Este não é esse tempo”, declarou.
A dirigente socialista falava aos jornalistas à chegada ao Portimão Arena, para o 23.º Congresso do PS, após questionada sobre a possibilidade de uma mulher liderar o partido, o que nunca aconteceu desde a fundação do PS, em 1973.
Ana Catarina Mendes esclareceu que vai discursar perante os delegados “sobre o país” e “sobre o papel do parlamento” e também sobre o PS “como fator de estabilidade”, plural, com várias correntes e “sobretudo fiel aos valores da esquerda democrática”.
Sucessão de Costa “não é prioridade política” do PS
O secretário-geral adjunto do PS considerou hoje que a sucessão de António Costa como secretário-geral do partido “não é uma prioridade política” do partido, e que o foco deve estar na recuperação económica do país e nas eleições autárquicas.
José Luís Carneiro falava aos jornalistas à chegada para o 23.º Congresso do PS, quando foi questionado sobre o tema da sucessão de António Costa como secretário-geral do partido.
“Nesta altura, estar a colocar o tema dessa natureza como é evidente não é um tema que seja prioridade política do PS, a prioridade está em conseguirmos agora recuperar as condições de vida económica e social”, respondeu o responsável socialista.
Para o secretário-geral adjunto, é “incompreensível” estar a falar neste tema “a meio do exercício do mandato”, tendo o PS responsabilidades perante o país e depois do esforço feito para “ultrapassar um dos momentos mais críticos que o país viveu no ultimo ano e meio”, arranjando “instrumentos financeiros para remover obstáculos ao desenvolvimento”.
Na visão do secretário-geral adjunto, as eleições autárquicas de 26 de setembro são importantes para conseguir “o objetivo de recuperação” social e económica.
“Para conseguirmos esse objetivo, é para isso que olhamos para as eleições autárquicas de forma tão especial, empenhada e comprometida, porque para nós, termos nas autarquias autarcas comprometidos com esta visão de desenvolvimento, é absolutamente essencial para conseguirmos vencer os desafios que temos pela frente”, frisou.