O Presidente da República sublinhou este domingo que uma em cada 30 pessoas no mundo é migrante e que Portugal “é um país de emigração e de imigração”, numa mensagem em que assinala o Dia Internacional das Migrações.
“As migrações fazem parte do nosso passado, vivemo-las no momento presente e irão continuar a marcar o nosso futuro”, refere Marcelo Rebelo de Sousa, na mensagem divulgada no site oficial da Presidência da República na Internet.
O chefe de Estado realça que, em 2022, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) “enfatiza o aumento significativo do número de deslocados internos, consequência de desastres naturais, conflitos e violência, sublinhando que esta realidade surge em paralelo com a redução geral na mobilidade global, decorrente das restrições associadas à pandemia covid-19″.
“Uma em cada 30 pessoas no mundo é migrante. Aquela ou aquele que se distanciou do seu local de residência, dentro do seu próprio país ou atravessando fronteiras. Aquela ou aquele que está longe temporária ou permanentemente. Aquela ou aquele que migrou pelas mais variadas razões”, refere.
Ou seja, realçou o Presidente da República, num “tempo de conflitos, de alterações climáticas e de insegurança alimentar, a que acresce uma complexa recuperação económica global”, as migrações acentuaram-se.
“É uma realidade que não podemos, nem queremos esquecer. Portugal é um país de emigração e de imigração”, acentuou.
Na mensagem, lembra-se que a OIM está em Portugal desde 1976 e que Portugal apoia a recandidatura de António Vitorino ao cargo de diretor-geral desta organização, “uma missão que traduz a prioridade a uma abordagem humanista à realidade de milhões de pessoas em todo o mundo”.
Segundo o Relatório Mundial sobre Migração 2022, existem 281 milhões de migrantes internacionais, o que equivale a 3,6% da população mundial.
No relatório anterior, lançado em 2019, o número contabilizado era de 272 milhões de migrantes internacionais, ou seja, 3,5% da população global.
O aumento aconteceu apesar do “impacto dramático da pandemia [de covid-19] sobre a migração, que incluiu o fecho de fronteiras”, segundo o documento relativo ao ano em curso.
Na década de 1970, o total de migrantes internacionais rondava os 80 milhões de pessoas, o equivalente a 2,3% da população mundial.