A nova sondagem da Universidade Católica feita para a RTP e jornal Público deixa tudo em suspenso, apenas a 10 dias das legislativas: a diferença entre PS e PSD reduziu-se numa semana de nove para quatro pontos percentuais, com o PS a cair dois pontos para os 37% e o PSD a recuperar três pontos, estando agora com 33%. A concretizarem-se estes resultados, o Parlamento teria entre 99 e 110 deputados do PS, ainda a seis de uma maioria mesmo no melhor cenário para os socialistas, e nem PAN e IL (dois deputados cada no melhor cenário, um no pior) chegariam para fazer uma maioria.
Já à direita, o PSD teria entre 89 e 100 deputados, e só mesmo com os deputados do Chega, IL e CDS conseguiria fazer uma maioria de governo, exatamente com o número de deputados necessários, 116. Mas esta sondagem também dá esse dado: a direita poderia ter, se os resultados fossem os melhores possíveis para estes partidos, majoritária na AR – com os nove do Chega. Porém, se a direita ainda poderá chegar a esse objetivo, o cenário central ainda coloca a esquerda como majoritária: se o PS está entre 99 e 110 deputados, a CDU está entre 5 e 9, o Bloco entre 5 e 8 – ao que se juntam PAN e Livre, entre 1 e dois deputados potenciais.
Neste estudo, registe-se, aos dois partidos mais ao centro seguem-se o Chega (6%), a CDU, Bloco de Esquerda e Iniciativa Liberal (com 5% das intenções de voto) e, mais abaixo, o PAN, CDS e Livre (com 2% cada).
Numa outra pergunta da sondagem percebe-se que os debates televisivos tiveram alguma influência nos votos: 5% dos inquiridos dizem ter mudado de sentido de voto depois desses confrontos de ideias, 9% dizem-se mais indecisos.
Apesar da aproximação, 72% dos inquiridos dizem acreditar que os socialistas serão os vencedores da noite eleitoral, muito acima dos 16% que antevêem uma vitória do PSD. António Costa leva também a melhor sobre Rui Rio quando a pergunta é sobre qual dos dois será melhor primeiro-ministro: Costa recebe 50% das escolhas, Rio 35%.
O inquérito foi feito através de uma amostra aleatória de 1456 inquiridos, com margem de erro de 2,6%, adianta a Universidade.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL