Pela primeira vez na história do concelho de Loulé, o Bloco de Esquerda apresenta uma candidatura à Assembleia de Freguesia de Salir e pretende continuar a crescer nas freguesias de Loulé. Na cerimónia que teve lugar no Mercadinho de Salir, a 6 de Agosto, foram apresentados os candidatos de uma lista com o mote ‘Com Mais Alma por Salir’.
Paulo Ferreira encabeça a lista que se apresenta ao combate político e pretende destronar a coligação PSD/CDU que tem gerido os destinos da “pacata e bem preservada mas envelhecida aldeia do barrocal algarvio com uma ampla lista de cidadania a apresentar às próximas eleições autárquicas, feita de pessoas sem participação partidária mas de assídua presença e activismo cívico, cultural, ambiental e desportivo, bem conhecidas de todos os salirenses”, afirma o partido em nota de imprensa.
Joaquim Guerreiro é o candidato à Câmara de Loulé
Joaquim Guerreiro tem 65 anos, é aderente do Bloco de Esquerda, professor aposentado e actualmente tem um projecto de Turismo Rural com o filho e a esposa. O candidato que concorre à Câmara de Loulé afirma que “está na hora da mudança de paradigma. Novos ventos sopram em Salir e um novo alento mobilizará todos no combate à abstenção e ao isolamento”.
Da lista fazem também parte Mário Grade, Salomé Martins, João Martins, Nadja Firmino, João Oliveira, Maria Martins, Madalena Batista, e os candidatos suplentes Miguel Coquet, Carlos Martins e Turquesa Gondim.
Os discursos da candidatura ficaram marcados pelas críticas ao actual executivo. Paulo Ferreira, criticou “o imobilismo do presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo e da actual coligação de Salir, relativamente à crescente desertificação das aldeias do interior da freguesia, tão próxima e tão longe das prioridades do edil, seja na saúde, seja no apoio domiciliário a idosos e deficientes, seja no simples apoio humanitário”.
Candidatos de outros partidos recebem presentes de Joaquim Guerreiro
Joaquim Guerreio ofereceu alguns presentes aos candidatos dos outros partidos, começando por Vitor Aleixo, candidato pelo PS, a quem destinou um pequeno cabaz com frutos tradicionais da região, apelando a que “olhe mais para o interior do concelho e à morte lenta de muitas aldeias rurais”.
A José Graça, candidato pelo PSD à Câmara, ofereceu uma máquina de calcular “para evitar os erros financeiros do anterior mandato, em que foi responsável financeiro e deixou uma dívida gigantesca e um brutal aumento do IMI”.
À candidata a Salir pelo PS, Rute Faísca, ofereceu uma vela “para iluminar a sua campanha na luta a travar contra o candidato da direita”; a Deudato João, candidato do PSD, e a Arménio Guerreiro, o candidato da CDU, ofereceu dois cajados, “para lembrar a coligação de triste memória em que a CDU, numa situação de empate na Assembleia de Freguesia entre o PS e o PSD, decidiu atribuir uma maioria do PSD no executivo, mostrando por isso não ser uma esquerda de confiança ao longo destes dois últimos mandatos”.
Carlos Martins, deputado da Assembleia Municipal de Loulé, também enveredou pela ironia política para se referir “à célebre e triste coligação que vigora actualmente em Salir, onde a CDU se uniu ao PSD”, afirmando peremptoriamente que “com o Bloco de Esquerda isso jamais acontecerá”.
(Cátia Marcelino / Henrique Dias Freire)