O candidato socialista à Câmara de Faro, João Marques, defendeu esta quarta-feira que a requalificação da zona da baixa e a construção de um novo porto exterior são prioridades para o desenvolvimento da cidade.
Em declarações à Lusa, o candidato disse que os empresários que têm criado “alguma dinâmica” no concelho “merecem que haja esse investimento”, já que a autarquia recebe verbas da derrama, imposto municipal que incide sobre o lucro tributável das empresas implementadas no município, que “deve servir para requalificar” os espaços públicos.
“Temos muitos investimentos na área da restauração que não são acompanhados por investimento público para dar resposta à modernização dos espaços, nomeadamente, na requalificação dos passeios, das estradas e até iluminação”, realçou, à margem de ação de campanha na zona histórica de Faro,.
O cabeça de lista do PS destacou também que o porto de recreio exterior é “fundamental” para toda a zona da baixa, argumentando que daria “outra vida” àquela zona da capital algarvia e que deve ser inserido na ligação do parque ribeirinho ao resto da cidade.
Projetado para “291 embarcações”, o porto será também, segundo João Marques, um espaço para “entidades culturais, para lazer e com espaços verdes”, fazendo uma ligação à frente ribeirinha, algo que assegurou ser uma “mais valia” para quem visita a cidade e faz com haja “mais captação de turistas”.
“Se tivermos infraestruturas desse tipo, com certeza que a média da pernoita vai aumentar e isso é uma forma de ajudar a economia. Criar condições para que as pessoas fiquem na cidade mais dias é ajudar a economia porque depois gastam cá, como é óbvio, as suas finanças”, destacou.
Quanto ao Parque Ribeirinho, assumiu que “não tem muito espaço verde” e que o projeto contempla ainda “alguma construção”, como habitação, sendo necessário reforçar a ideia que deve ser um grande espaço de lazer, mas destacou que há outras zonas na cidade a necessitar de intervenção “urgente”.
Para João Marques é “fundamental” a requalificação de toda a zona do complexo desportivo, junto ao nó de ligação rodoviário a Olhão, que “não pode estar em terra, ao abandono e cheio de camiões”.
O candidato defende que essa zona tem de ser cuidada num curto espaço de tempo com uma intervenção em “um ano e meio dois anos, o mais rápido possível”, criando duas áreas verdes de lazer.
João Marques recordou ainda uma proposta da Universidade do Algarve para retirar os muros do campus da Penha, algo que “já deveria ter sido feito há muito tempo”, defendeu, inserindo a instituição na cidade e com a qual se iria ganhar “tanto espaço verde e de sombra como a área do parque ribeirinho”, assumiu.
João Marques tem como adversários na corrida à presidência da capital algarvia o ‘repetente’ Rogério Bacalhau (PSD/CDS-PP/IL/MPT/PPM) – que se candidata a um terceiro e último mandato -, e os estreantes Catarina Marques (CDU), Custódio Guerreiro (Chega), Elza Cunha (PAN) e Aníbal Coutinho (BE).
Nas eleições de 2017, a coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM obteve 43,94% dos votos, alcançando maioria absoluta no executivo, com cinco vereadores. O PS obteve 38,06% dos votos (restantes quatro vereadores) e a CDU, com 7,38%, perdeu o vereador que tinha assegurado em 2013.