Filme dos acontecimentos do dia das eleições autárquicas em Portugal. No Algarve, durou pouco mais de uma hora, uma manifestação de moradores da ilha da Culatra, em Faro, que se queixavam da falta de água canalizada, de saneamento básico, eletricidade e de transportes públicos, junto à assembleia de voto, uma ação que não foi reportada oficialmente à CNE.
08:00 As mesas de voto das eleições autárquicas abriram hoje às 08:00 no continente e na Madeira para a escolha dos dirigentes dos municípios e das freguesias para os próximos quatro anos.
08:55 O presidente da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, foi o primeiro líder dos partidos com assento parlamentar a votar, na Escola Marquesa de Alorna, em Lisboa, apelando a todos os portugueses para participarem nas eleições autárquicas e manifestando-se esperançoso com o aumento da participação eleitoral este domingo.
09:00 As mesas de voto para as eleições autárquicas abriram nos Açores, uma hora depois de terem aberto no continente e na Madeira, devido à diferença horária.
10:10 Sem filas de espera, a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, votou na Escola Secundária Almeida Garrett, em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, e pediu para que “ninguém fique em casa” e com o seu voto escolha o futuro das suas autarquias, sublinhando que o poder local “tem uma importância muito grande”.
11:05 Também o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, encorajou os eleitores a aproveitarem “o desconfinamento para respirar e votar”, considerando que ainda é cedo para fazer leituras sobre a abstenção.
O líder comunista exerceu o seu direito de voto no Pavilhão Desportivo do Agrupamento de Escolas de Santa Iria da Azoia, Loures.
11:20 O primeiro-ministro, António Costa, juntou-se ao apelo para que “haja uma ampla participação” nas eleições autárquicas, qualificando-as como a “grande festa da democracia”, e reiterou que esta não foi “seguramente” a sua “última campanha eleitoral”.
Depois de ter votado no Jardim da Infância n.º 2 da escola Parque Silva Porto, na freguesia de Benfica, o secretário-geral do PS considerou que se vive “um momento particularmente significativo da vida do país e, portanto, como o Sr. Presidente da República disse, há um dever acrescido de todos nós participarmos neste momento da vida do país”.
11:26 À saída da secção de voto n.º 50 da Escola Básica do 2.º e 3.º ciclos de Telheiras, na freguesia do Lumiar, em Lisboa, a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, estimou que o partido vai ter um “dia histórico” nestas eleições autárquicas, com a eleição do seu primeiro vereador, e sublinhou a importância das decisões do poder local na vida dos portugueses.
11:30 O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, pediu aos portugueses que “participem de forma expressiva” nas eleições autárquicas e combatam a abstenção e o medo, considerando que está em causa “cuidar da saúde da democracia”, à saída da Escola Básica Prof. Lindley Cintra, na freguesia do Lumiar, em Lisboa, onde votou acompanhado pelos dois irmãos mais novos.
11:55 O presidente do PSD, Rui Rio, apelou hoje à saída da Escola de Massarelos, no Porto, à votação dos portugueses porque se trata de um ato eleitoral para escolher os autarcas que irão tomar “decisões importantes” para a qualidade de vida do dia a dia.
“É um dia importante para todos os portugueses, porque os autarcas tomam todos os dias decisões que são muito importantes para a nossa qualidade de vida do dia a dia. Se temos o jardim arranjado, se temos uma cidade equilibrada do ponto de vista urbanístico, se temos atividade cultural ou não, se o trânsito flui ou não, se temos mobilidade ou não, tudo isto são decisões que são tomadas ao nível autárquico e que são muito importantes para o nosso quotidiano”, disse.
12:00 Um em cada cinco eleitores votou hoje nas eleições autárquicas, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI), que referem uma afluência às urnas de 20,94% dos eleitores.
Segundo os números divulgados pelo MAI, 20,94% dos eleitores exerceram o seu direito de voto até às 12:00, ou seja, mais de 1,86 milhões de pessoas.
Comparado com as últimas eleições autárquicas nacionais, que se realizaram a 1 de outubro de 2017, a afluência às urnas baixou: Há quatro anos, até à mesma hora, tinham votado 22% dos eleitores.
Em Lisboa e no Porto votaram vários candidatos que apelaram ao combate à abstenção e elogiaram a organização da administração eleitoral, embora tenham ressalvado ser necessário encontrar mecanismos para que todos possam votar.
Na capital, o candidato da coligação Novos Tempos (PPD-PSD, CDS, PP. Aliança, MPT, PPM), Carlos Moedas, destacou a importância do voto e recordou o pai, que dizia sempre que o dia de voto era o mais feliz, enquanto Fernando Medina do Mais Lisboa (PS e Livre), vincou que as eleições são sempre especiais para os democratas, acrescentando que Lisboa merece o voto de todos na escolha daquilo que vai ser o seu futuro.
Por sua vez, a candidata do Bloco de Esquerda (BE), Beatriz Gomes Dias, destacou a importância do poder local na resolução dos “problemas do quotidiano” e referiu que é importante encontrar mecanismo que permitam garantir o direito de voto a todos, enquanto o candidato da CDU, João Ferreira, disse que o voto assegura que os caminhos a seguir serão mais conformes à vontade de todos, escusando-se a discutir resultados que “ainda não estão construídos”.
No Porto, o candidato independente Rui Moreira (Aqui há Porto!) lembrou que o voto “é a arma do povo” e classificou como “muito útil” o alargamento do horário dos locais de voto para até as 20:00, enquanto Tiago Barbosa Ribeiro do PS mostrou-se “satisfeito” com a afluência às urnas e garantiu “não ser homem de grandes ansiedades ou nervosismos”.
O candidato do PSD, Vladimiro Feliz, por seu turno, mostrou-se confiante face aos resultados, sublinhando ainda que a participação cívica em “momentos mais difíceis” é sempre importante, ao passo que Sérgio Aires do BE registou uma afluência às urnas normal, mas “simpática”, acrescentando que agora é esperar pelos resultados.
Ilda Figueiredo, da CDU, apelou ao voto, aguardando que a população “perceba a importância” do ato, adiantando ainda que vai passar o dia “com toda a calma”.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) considera que “as eleições estão a correr muito bem”, tendo sido identificadas “duas situações” em que os boletins de voto para duas assembleias de freguesia, em Águeda e Idanha-a-Nova, continham erros e por isso essas eleições foram adiadas para daqui a duas semanas.
Em causa está o boletim de voto para uma assembleia de freguesia em Águeda em que uma das forças candidatas foi substituída por outra “que nem era concorrente”, assim como outro boletim de voto em Idanha-a-Nova em que falta uma candidatura.
Assim, hoje, os eleitores de Idanha-a-Nova que pertencem à freguesia Monfortinho e Salvaterra do Extremo só irão votar para a câmara e assembleia municipal de Idanha-a-Nova, deixando para daqui a 14 dias a eleição da assembleia de freguesia, explicou o porta-voz da CNE.
Em Águeda, os eleitores da União das Freguesias de Trofa, Segadães e Lamas do Vouga só deverão escolher os elementos da Assembleia de Freguesia dentro de duas semanas.
Durou pouco mais de uma hora, uma manifestação de moradores da ilha da Culatra, em Faro, que se queixavam da falta de água canalizada, de saneamento básico, eletricidade e de transportes públicos, junto à assembleia de voto, uma ação que não foi reportada oficialmente à CNE.
13:32 O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que votou em Molares, Celorico de Basto, disse ser “difícil de entender” se os portugueses não votassem, destacando o papel insubstituível dos autarcas na pandemia, e classificou estas eleições como “decisivas”, ao permitirem escolher que vai gerir os fundos europeus pós-pandemia.
13:33 Pouco depois, presidente do Chega, André Ventura, vincou que este é um dia para “celebrar a democracia”, apontando que não vale a pena estar sempre “a criticar durante todos os anos, durante todos os meses, e depois no dia de voto não o fazer”.
13:43 Também o presidente do Governo açoriano (coligação PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, apelou a uma participação massiva da ilha nas autárquicas, sublinhando que “o espírito participativo da democracia impõe às pessoas a força de vontade de participar”.
14:00 O presidente do Governo Regional da Madeira (coligação PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, afirmou que vai aguardar os resultados “com humildade”, realçando que a campanha decorreu em consonância com uma “dialética normal em democracia”, apesar da “maior ou menor acutilância dos discursos” dos candidatos.
Num segundo balanço, o porta-voz da CNE garantiu que as eleições autárquicas decorrem, sem boicotes e com um número de queixas habitual.
Pelas 16:00, registavam-se cerca de 400 queixas, o que, segundo a CNE, é normal para o dia.
O porta-voz da CNE não quis destacar estas situações, referindo que a maioria se relaciona com a presença de candidatos nas assembleias de voto, segundo uma análise provisória.
Mais de 9,3 milhões de eleitores (9.323.688 cidadãos inscritos) podem votar nestas eleições autárquicas, segundo os dados do recenseamento disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI).
17:00 A afluência às urnas situava-se em 42,34% até às 16:00, abaixo do valor registado há quatro anos, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI).
Comparado com as últimas eleições autárquicas, que se realizaram a 1 de outubro de 2017, a afluência às urnas baixou: há quatro anos, até à mesma hora, tinham votado 44,39% dos eleitores.
Segundo os números divulgados pelo MAI, até às 12:00, 20,94% dos eleitores exerceram o seu direito de voto, ou seja, mais de 1,86 milhões de pessoas, mas também abaixo dos 22% registados em 2017.