O economista Ricardo Clemente é o candidato do PS à Câmara de Albufeira depois de quatro anos como vereador na oposição à maioria PSD, partido que controla a gestão do município algarvio há duas décadas.
Ricardo Clemente está desde 2017 como vereador sem pelouro na autarquia do distrito de Faro e agora lidera a candidatura socialista com a convicção de que esta tem a “experiência acumulada” para sustentar as “bases” de “um projeto coerente e ambicioso” para Albufeira, segundo um comunicado do PS.
O projeto dos socialistas tem também como objetivo “resgatar a identidade do concelho”, colocando as freguesias em igualdade e com o “foco principal” no “resgate e recuperação económica das pessoas que foram fustigadas e derrubadas pela pandemia” de covid-19, referiu o partido.
A candidatura de Ricardo Clemente quer ainda implementar uma atuação baseada na “análise participada” e no “estudo dos problemas”, que dê depois respostas com “uma visão estratégica e estruturada”, mas que “sejam concretizáveis”.
Ricardo Clemente tem como rivais nas próximas eleições autárquicas o atual presidente da Câmara José Carlos Rolo (PSD), Desidério Silva, que concorre por uma lista independente, Abel Zua, também independente, Nelson Trindade (CDU), Raquel Rodrigues (Chega) e Tomás Cavaco (BE).
Em 2012, o atual presidente assumiu pela primeira vez essas funções durante um ano, após a renúncia ao cargo de Desidério Silva para se candidatar à presidência do Turismo do Algarve, mas manteve a segunda posição na lista do PSD para as autárquicas de 2013, ano em que foi eleito Carlos Silva e Sousa.
Depois de renovados os mandatos em 2017, José Carlos Rolo – que agora vai a votos como cabeça-de-lista pela primeira vez – voltou a substituir Carlos Silva e Sousa na presidência da Câmara de Albufeira, após a sua morte inesperada, em 2018, e assume agora o desafio de manter para o PSD uma Câmara que os social-democratas governam desde 2001.
Nesse ano, os social-democratas arrebataram a gestão daquele município do distrito de Faro ao PS, conquistando uma maioria absoluta que conservam desde então e que lhes garante, na atualidade, quatro dos sete eleitos, contra três do PS.
As eleições autárquicas realizam-se em 26 de setembro.