Estamos no início de 2017.
A Comunicação Social está cheia de previsões, avaliações, confusões e alguns intrujões mas continuamos o rumo iniciado em 74 de não dar a devida importância às actividades que foram o alicerce da nossa formação como País independente e da nossa Portugalidade, pois antes não havia Portugueses.
Festejamos várias datas de revoluções excepto a que melhores resultados obteve como foi a 1383-85 que colocou D. João I no trono evitando passarmos a ser uma região de Castela e possibilitando a epopeia dos Descobrimentos Marítimos.
Entretanto como consequência da enorme tolice dos preconceitos de que a Marinha (entendendo-se composta pela Armada, Comércio, Pescas e Recreio) foi uma actividade colonialista e fascista que importava eliminar posição esta que curiosamente não é apenas defendida pela esquerda pois a nossa direita procede da mesma forma com a colaboração activamente negativa da nossa Comunicação Social.
Até o nosso Presidente da República ainda não quebrou este enguiço.
Este desabafo vai no sentido de chamar a vossa atenção para o que importa de facto fazermos mais para corrigir este rumo de colisão em que navegamos.
* Ex-secretário de Estado das Pescas