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Cultura, Ensino, Opinião

Quando o número de likes é responsável pela autoestima… | Por Luís Horta

Artigo de opinião da autoria do professor Luís Horta: “Quando os jovens publicam uma foto nas redes sociais e ficam horas a fio, de smartphone na mão, obcecados com o número de likes, em vez de satisfeitos por partilharem algo que reflete a sua personalidade, a autoestima pode sair prejudicada”

12:18 25 Outubro, 2022 12:22 25 Outubro, 2022 | POSTAL
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Luís Horta, professor
de Informática no Agrupamento de Escolas João de Deus*

Quando os jovens publicam uma foto nas redes sociais e ficam horas a fio, de smartphone na mão, obcecados com o número de likes, em vez de satisfeitos por partilharem algo que reflete a sua personalidade, a autoestima pode sair prejudicada.

Quando os jovens perscrutam as publicações dos amigos, sempre tão giros e animados, com vidas incríveis repletas de imagens instagramáveis, esquecem-se que só veem os melhores momentos e nunca testemunham aquelas alturas em que as borbulhas teimam em aparecer ou o cabelo está a passar por um mau dia e não houve tempo para retoques no Photoshop…

Quando os jovens sentem relutância em compreender aquilo que nós adultos já sabemos – as fotos editadas nas redes sociais não correspondem às frustrações da vida real – que fazer?

Número de likes é proporcional à autoestima

É verdade que a relação entre os adolescentes e o seu corpo nunca foi fácil e a necessidade de aprovação sempre existiu, mas hoje passa diretamente pelas redes sociais, pela aceitação sobre a forma de likes, comentários e/ou partilhas, 24 sobre 24 horas num espaço sem fronteiras físicas, mas cheio de vulnerabilidades e falsidades.

Em consequência da falta de likes, surge o sentimento de solidão, angústia, insatisfação permanente que deixa a autoestima nas ruas da amargura e pode levar ao isolamento social, a oscilações de humor e até mesmo a distúrbios alimentares.

Comparações geram autoavaliações negativas

A autoestima é a avaliação que fazemos de nós mesmos e que sofre influências externas e internas ao longo da vida: internas de acordo com a perceção que temos de nós próprios e externas quando recebemos um elogio ou nos comparamos com os outros através das redes sociais, por exemplo. Ora, isso pode gerar uma autoavaliação negativa particularmente na adolescência e juventude.

É claro que a beleza e o sucesso sempre foram a bitola capaz de baixar ou aumentar a autoestima em qualquer faixa etária, mas quando a comparação é feia nas redes sociais, sem filtrar realidades diferentes, a autoconfiança e autoaceitação podem cair a pique, particularmente em idades incapazes de compreender que a aparência não reflete o carácter nem o valor da pessoa.

Fotografias irrelevantes ou feias não atraem seguidores

A adolescência é um período de grande vulnerabilidade em relação à consciencialização do corpo e autoimagem, e pode trazer más consequências para vida se for medida nas redes sociais e comparada com influenciadores digitais que trazem sempre inseguranças mascaradas de excelentes ideias. Se os adultos já têm de se controlar para não comparar as suas vidas comuns com as vidas aparentemente perfeitas dos amigos bonitos e elegantes que se fartam de viajar… que dizer dos jovens que, na sua maioria, não conseguem perceber que o que veem no feed são apenas recortes escolhidos a dedo que geram fotos bonitas? Afinal fotografias irrelevantes ou feias não atraem seguidores, não é verdade? Portanto, nas redes sociais os jovens veem apenas o que os seus amigos e conhecidos têm de mais bonito, sem perceberem que inconscientemente estão a colocar filtros de Instagram na sua própria autoestima.

Jovens com fotografias instagramáveis são mais confiantes?

Será que a autoestima da Marta, que publica constantemente fotografias fantásticas de si própria no Instagram, é mais elevada que a autoestima da Inês, que se limita a colocar likes e comentários nas publicações dos amigos? Provavelmente sim. Jovens que vivem para observar e comentar as fotografias dos outros, tendem a desenvolver uma autoestima mais pobre, mas as “Martas”, apesar de saírem bem nas fotografias e receberem, regra geral, feedbacks positivos, nem sempre têm a autoestima em alta, até porque não criaram um escudo de proteção contra o efeito efémero das redes sociais nem tão pouco contra o número reduzido de likes ou contra os comentários menos simpáticos.

Como usar as redes sociais de forma positiva?

As redes sociais são ferramentas de socialização muito importantes que aproximam as pessoas, mas se não forem utilizadas com discernimento, podem afetar o autoconhecimento e baixar a autoestima. É por isso que os jovens devem começar as ver as redes sociais como uma versão da realidade onde só são publicados momentos felizes. Afinal de contas, quantas fotos já viram dos amigos ao acordar, despenteados e com remelas nos olhos? Ou vermelhos e suados depois da aula de Educação Física?

Porém, não basta que comecem a perceber que as redes sociais só passam uma versão da realidade, é preciso que deixem também de fazer comparações com padrões de beleza socialmente impostos que geram mal-estar porque não são facilmente alcançáveis e que deixem de ansiar pela aprovação de pessoas que nem costumam ver, para sentirem que a vida é emocionante. E que percebam que é a diversidade, precisamente, que torna a vida incrível e se concentrem no que realmente importa, reconhecendo e valorizando as suas próprias características.

* Autor do website institucional www.aejdfaro.pt e responsável pela comunicação externa do Agrupamento; Sócio Gerente da Webfarus Marketing Digital (www.webfarus.com)

  • 28 anos de experiência como docente no Ensino Secundário
  • 5 anos de experiência como docente no Ensino Superior
  • Mais de 1000 horas de formação de adultos
  • Gerente da Webfarus Marketing Digital (www.webfarus.com)
O que quer ser quando for grande?
Professor de Informática ou Programador?
(Continuar a) combater o vírus, sem baixar as vendas!

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