Há quem não honre a sua própria palavra com actos consequentes.
Em 2015, o candidato a primeiro ministro António Costa prometeu que no fim da legislatura, 2019, todos os portugueses teriam médico de família, naquela altura eram 750.000 portugueses sem médico de família, hoje já são 2.200.000! O SNS está de rastos, as filas de espera para actos clínicos são enormes, as entidades privadas de saúde estão imensamente agradecidas ao primeiro ministro.
O PS pode orgulhar-se de ter fundado o SNS e de o ter afundado.
Na mesma campanha eleitoral, o agora primeiro ministro, prometeu que todas as crianças teriam infantário gratuito, esqueceu-se de pôr a promessa em prática talvez porque os filhos, se os tiver, já não precisam.
O ministro da Educação disse há pouco na TV que a falta de professores “é um problema que leva tempo a resolver”, mas há oito anos que estão no poder (poleiro)! Claro que o governo de Sócrates começou a maltratar os professores em 2005 quando António Costa era seu ministro, este aprendeu as lições do mestre, o tal que disse que as “dividas não se pagam”, talvez por isso a divida pública directa ainda não tenha parado de aumentar, já vai em mais de 290.000 milhões!
A falta de professores não se resolve como a falta de médicos, não há um ‘serviço privado de ensino’ que consiga absorver as consequências da incompetência na governação. Quem é que quer ir para professor para ser desconsiderado, desrespeitado profissionalmente e andar com a casa às costas com os ordenados mais baixos da Europa para aturar a má educação que alguns pais dão aos filhos? Os jovens não têm grande experiência de vida, mas não são parvos!
Podem contratar médicos e enfermeiros na América Latina, mas professores não conseguem, só se for para fingirem que têm professores, eu não consigo acreditar que o governo consiga arranjar professores sul americanos que consigam ministrar eficazmente certas disciplinas. A breve trecho são necessários 30.000 professores, as universidades podem formar no máximo 1.500 por ano, os cursos normais para ser professor são de quatro anos, é o descalabro total, foi isto que o PS andou a fazer, mas andando sempre a saltitar de promessa em promessa na caça permanente aos votos.
Não há planeamento nem programação no ensino e na saúde, só promessas vãs.
Há oito anos que andam a fingir que governam.
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