●Preâmbulo
Ao considerar o seguinte:
– que o mundo do trabalho e emprego está a ficar cada vez mais afectado pela evolução científica e tecnologia, começando desde já a tornar-se preocupante, a falta de postos de trabalho para ocupação do homem, sua satisfação económica, social e até mesmo psicológica;
– que é um dos assuntos que, particularmente, me preocupa, ao pensar no futuro dos nossos jovens e numa sociedade que se desejaria cada vez menos diferenciada;
– que dou por mim a questionar-me acerca do que poderá vir a acontecer ao homem sem emprego;
– que será a sua “subsituta máquina” a levar a casa o respectivo salário e reforma!? Tal “função” seria óptima mas, infelizmente, assim não acontece;
– quem irá lucrar com tudo isto será o eterno “capitalismo selvagem” que está cada vez mais recheado;
– que há quem se aproveite do uso da “máquina” a favor do seu lucro pessoal, reduzindo desta forma os postos de trabalho nas suas empresas e pagando cada vez menos, aos colaboradores pela concorrência existente, relativa ao mundo do trabalho e emprego;
* Por isso, há até quem recorra à mão de obra barata de imigrantes de países superpopulosos de condições sociais e económicas difíceis e isto, usando o subterfúgio de dizerem que os portugueses não querem trabalhar. Experimentem pois a pagar-lhes salários condignos e a dar-lhes melhores condições de vida e verão que resolverão os seus problemas e o de muitos portugueses que poderão estar no desemprego, a aguardar melhores dias…
Sempre ouvi dizer que dinheiro em circulação gera dinheiro. Aprenda-se então algo mais com esta “máxima”…
● Desenvolvimento
Desde a Revolução Industrial (meados do século XVIII e XIX) que a máquina foi inventada para facilitar as tarefas manuais e difíceis para o homem.
A ideia seria construir-se máquinas, facilitadoras de tarefas em esforços, sobretudo, físicos e não como peças substitutas do homem, no mundo do trabalho e emprego.
Esta evolução científica e tecnológica partiu da Mecânica, Electrotecnica, Electrónica, passando depois ao mundo da robótica e digital.
Os inventos não mais pararam de crescer… De início foi tudo muito agradável mas no decurso do tempo, o ser pensante homem (racional-irracional) foi usando a máquina ao seu limite e a belo prazer.
Tanto que se inventou que acabou por se inventar o “instrumento” da própria destruição humana em grande escala pelo uso da máquina e respectivas tecnologias, aplicadas às mesmas.
A sofisticação tem sido de tal ordem que por exemplo, ao nível do armamento bélico, conduziu-se este, ao aparecimento da bomba nuclear com um poder destrutivo em massa de milhões de seres humanos, animais e outros seres – a vida.
Desde o uso das diversas tecnologias, associadas à evolução científica, ao aparecimento da Robótica, mundo digital, etc que os inventos não pararam mais de surgir.
A máquina que, inicialmente, fora pensada como auxiliar de tarefas, começa hoje a ser vista como uma forma de substituir o próprio homem em diversas funções e, inclusivamente, este passou, também, a ser já seu dependente…
Esta questão levanta outra preocupação que tem a ver com o mundo do trabalho e emprego, pois já vivemos, intensamente, rodeados pelo mundo digital e robotizado.
Inclusivamente, alguns sistemas de ensino-aprendizagem começaram a transformar-se e, os respectivos programas curriculares dos diversos níveis de ensino, a serem recheados com conteúdos digitais, computorização e toda uma panóplia de elementos…
O ensino à distância, através do recurso aos computadores, sem a presença física de Professores, também, tenderá a ir aumentando.
Alguns serviços públicos e de empresas privadas, dado as funções desempenhadas pela utilização de meios informáticos têm vindo a reduzir postos de trabalho e, inclusivamente, recorrem já a trabalhos online, a partir de casa.
Pergunto:
– será que o homem se realiza com estas alterações no mundo do trabalho e emprego?
– o afastamento da vida social do homem no seu posto de trabalho e a importância da existência do mesmo para o seu sustento e da família, não terá efeitos psicológicos e até físicos, adversos?
● A maior parte das tarefas que eram desenvolvidas pelo homem estão, também, a ser subsituídas por robots.
Já há alguns pensadores que começaram a questionar, se o recuo ao tempo do uso do “candeeiro a petróleo”, não tornaria o homem mais feliz e solidário…