Os piores analfabetos são os que não sabem ler energias nem escrever o guião da própria existência.
Os tristes mais dignos de pena são os que se crêem mais que os demais e pensam que o tempo não é para perder enquanto o perdem sem saber.
Os loucos mais insanos são os que detêm tanta sanidade mental que jamais se deixam levar por impulsos ou soltar-se da rotina e acabam por perder, assim, memórias que nem puderam nascer.
Os maiores indigentes são os que aparentando ter tudo nunca conhecerão o verdadeiro sabor da abundância.
Os derradeiros eruditos não são os que têm mais estudos, conhecimento e cultura; são os que aprendem a guardar, das mais singelas vivências, os maiores ensinamentos.
Os mais sortudos são os que têm azares capazes de os tornar mais fortes.
Os mais conscientes são os que conseguem perder-se da consciência e abraçar com intensidade o instinto.
Os falhados mais completos são os bem sucedidos em tudo mas desprovidos de afetos.
E os mais felizes… ah os mais felizes… esses serão eternamente as ovelhas negras rebeldes, imunes às mundanas formatações e, por isso, livres de viver de acordo com regras mágicas capazes de moldar a realidade à imagem das suas mais delirantes quimeras.