Por vezes ponho-me a pensar na política portuguesa, só encontro motivos para meditar.
Este país tem de tudo um pouco, excepto oportunistas e corruptos que tem muitos, tem terra arável, tem mar, tem frio, tem sol, tem ouro, tem petróleo por explorar, tem metais raros, tem monumentos, tem boa gastronomia, tem história e uma cultura muito rica, tem um Povo trabalhador e tem resiliência, afinal o que é que nos falta?
Creio que devo agradecimentos a um grupo de amigos, oportunistas e incompetentes.
– Obrigado PS pelos três pedidos de resgate internacional em democracia,
– Obrigado PS pelo acordo que fez e assinou com a Troika em 2011 que tantos malefícios trouxe ao povo português bem assinalados pelos seus dirigentes,
– Obrigado PS por nos ensinar que as dividas não se pagam,
– Obrigado PS pelos muitos exemplos de Pedrógão Grande,
– Obrigado PS pela FBCF negativa,
– Obrigado PS pela divida pública,
– Obrigado PS pelo estado do sistema de saúde,
– Obrigado PS pelo caos no sistema de ensino,
– Obrigado PS pelo sistema de (in)justiça,
– Obrigado PS pelas reformas estruturais não feitas, seria aborrecido as coisas que estão mal passarem a estar melhor,
– Obrigado PS por não ter uma estratégia coerente para o desenvolvimento,
– Obrigado PS pelos 19 anos de governação nos últimos 27,
A culpa deste estado do país não é dos outros, obrigado PS.
Tenho a esquisita sensação de que alguém leu e adoptou a série “Não querem trabalhadores, querem escravos” de Carl Sagan. Isto é, tenho a impressão que uma certa parte da classe política defende que a população deve ser analfabeta, doente e faminta para andar sempre a pedir por esmola, comer as migalhas e ser “mansa”. Até parece que a honestidade, a verdade, o conhecimento e o pensamento critico são prejudiciais para a população.
Não falem da troika e do Passos Coelho porque os portugueses mais atentos sabem que foi o governo do PS que negociou e assinou o acordo do pedido de resgate financeiro do país, o qual teria de ser executado por qualquer governo em funções.
Só me resta fazer uma pergunta: onde andam as pessoas honestas e altamente competentes do Partido Socialista?