Caros leitores,
Cada dia que passa vamos sendo informados e até bombardeados com títulos, e também com muitos comentários e até artigos de opinião sobre o Sistema Nacional de Saúde, e as fragilidades que o mesmo apresenta todos os dias.
Notícias que nos assustam, e que obviamente nos preocupam e muito.
Ainda recentemente a responsável pelo centro hospitalar de Lisboa Norte vem pedir mais um Hospital.
O Governo já assumiu a construção de novos hospitais, mas pelo que sabemos o hospital central do Algarve não está nessa lista.
Uma verdadeira vergonha nacional.
Todos nós nos lembramos das várias promessas sobre o mesmo hospital, onde incluiu até o lançamento da primeira pedra bem perto do estádio do ALGARVE, onde estive presente.
O lançador foi o ex primeiro ministro Jose Sócrates, o mesmo que iniciou o processo da colocação dos pórticos na via do infante, através do seu secretário de estado Paulo Campos
A memória ajuda-nos a acompanhar estas evoluções de natureza política, e que nestes dois casos vieram, e muito, a penalizar o Algarve.
Os pórticos, porque foram os percursores de um sistema de portagens que levaram a sua implementação, e que até aos dias de hoje só trouxeram prejuízo e falta de competitividade ao Algarve, enquanto destino turístico de excelência e económico.
Uma realidade consolidada nos números e nos constrangimentos impostos a quem quer entrar em Portugal vindo de Espanha, que em determinadas alturas do Ano como a Páscoa, o Verão e o Fim de Ano é um verdadeiro desafio face às horas passadas nas filas.
A nossa sorte é que o Algarve vale muito mais que tudo isso, e se sobrepõe a todas essas dificuldades e constrangimentos.
Mas, voltando à questão da saúde, ou falta dela, o facto é que o Algarve cada dia que passa vai estando no centro do furacão.
É a falta de pessoal médico, de enfermeiros e de pessoal auxiliar.
É a falta de infra-estruturas para dar respostas às exigências cada vez maiores, no que diz respeito aos blocos operatórios, espaços para as urgências e para os vários serviços que todos os dias estão a romper pelas costuras.
Já para não falar das notícias que chegaram sobre a necessidade de se recorrer à compra de consumáveis, a serem utilizados nos serviços de saúde, e quem teve que os comprar foram os próprios profissionais de saúde.
Com tudo isto, os utentes que cá vivem vão sentindo cada vez mais medo de estarem doentes, não terem os meios necessários para serem tratados, e com isso virem a correr risco de vida.
Alguma coisa vai muito mal, muito mal mesmo, quando um Governo não entende ou não quer entender, a realidade e tudo o que vai acontecendo no País, e neste caso numa região como o Algarve, que para além dos habituais residentes, também tem que dar resposta a cinco milhões de turistas por Ano.
Continuando assim, as coisas vão correr mal, já que todos sabemos que a oferta nos serviços de saúde é um dos factores principais na escolha de um destino turístico, e como sabemos, neste mundo cada vez mais global, as informações passam muito depressa, e neste caso chegará rapidamente aos nossos mercados emissores, e daí os operadores pressionarão os hoteleiros para baixarem preços e reduzirem os lucros.
O resultado é óbvio.
Preços mais baixos e turismo com menos qualidade
Exactamente ao contrário do que queremos e exigimos.
Daí a urgência de haver sinais muito fortes por parte do governo, e em particular do ministério da saúde, e em particular da Sra Secretária de Estado da Saúde, e dos deputados do partido socialista, no sentido da construção do novo Hospital Central do Algarve com carácter de urgência.
Pensem nisso!
O Algarve Agradece!