É vasto o universo de doenças no mundo juvenil, basta pensar na prevenção das queimaduras solares, na fragilidade à flor da pele, na necessidade de só usar antibióticos sob subscrição médica, como ajudar a criança com dermatite atópica, a doença celíaca, a problemática da vacinação, o bebé com cólicas, a febre, as intolerâncias alimentares, a amigdalite, vamos hoje ver os aspetos mais significativos.
A amigdalite é um dos problemas mais comuns na infância. Esta inflamação das amígdalas pode ser de origem viral ou bacteriana (estima-se que apenas 15 a 30% dos casos correspondam a amigdalites de origem bacteriana), a amigdalite em si não é contagiosa; no entanto, as infeções que lhe dão origem são, ou seja, podem ser transmitidas de pessoas a pessoa, através do contacto com as secreções respiratórias da pessoa infetada.
Pode ocorrer em qualquer idade, é, todavia, mais comum entre as crianças, devido à imaturidade do seu sistema imunitário, aliada ao facto de a maioria delas frequentar creches e infantários, locais que facilitam o contágio. No caso da amigdalite de origem bacteriana, quando não tratada, podem surgir complicações, como a febre reumática.
Manifesta-se pelo inchaço das amígdalas, pela dor intensa, pela dificuldade em deglutir, pode aparecer febre e também inchaço dos gânglios linfáticos localizados no pescoço e ainda verificar-se a presença de pus sobre as amígdalas. Como se referiu, os vírus são os principais responsáveis, caso do vírus da gripe. A amigdalite de origem bacteriana decorre a partir de infeções por estreptococos, poderá exigir-se tratamento à base de antibióticos. Se a criança apresentar, para além da dor de garganta, rinite, tosse, entre outros sintomas, é bem provável que se trate de uma amigdalite viral. Se um farmacêutico identificar um quadro típico de uma amigdalite bacteriana, encaminhará o doente imediatamente para o médico.
Há sempre qualquer coisa para prevenir a amigdalite: lavar as mãos com regularidade, evitar o contacto e a partilha de utensílios com alguém que esteja contaminado, dar preferência a lenços de papel descartáveis para assoar o nariz, quando há tosse e espirros. O tratamento da amigdalite viral consiste no alívio dos sintomas através de medidas não-farmacológicas e farmacológicas. Nas primeiras: ingestão de líquidos como água, sumos sem açúcar e sopa, evitar ambientes com fumo, humidificar o ar; nas segundas: o recurso a analgésicos (como paracetamol) e os anti-inflamatórios (como o ibuprofeno) que proporcionam o alívio da dor de garganta e combatem a febre. Não é demais insistir na consulta médica, compete a este profissional de saúde prescrever o tratamento com antibióticos no caso de uma amigdalite bacteriana. Diagnosticado este tipo de amigdalite, a criança não deve frequentar a escola até 24h depois do início da terapêutica adequada.
A remoção cirúrgica das amígdalas só é recomendada em situações extremas como as amigdalites crónicas, as amigdalites bacterianas que não respondem aos antibióticos e quando o inchaço das amígdalas é de tal ordem que torna difícil a deglutição e a respiração.
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