Não houve, nem há uma Educação bem objectiva para a paz no nosso país mas não apenas nele…
A Educação em casa e nas escolas tem sido feita mas com a envolvência de vários predicados de guerra e conquista, logo a partir da tenra idade, nomeadamente, desde as aprendizagens tidas bem cedo…
Continuam a ser salientadas as diversas batalhas e conquistas que ocorreram por exemplo, ao longo da nossa história, contra o considerado inimigo, nomeamente, os árabes em África e na península Ibérica, com os vizinhos espanhóis, povos a oriente, ocidente, etc, etc.
É evidentemente que o ensino da História é muito importante e fundamental para conhecimento do saber sobre o Passado para se compreender o Presente e precaver, ou perspectivar o Futuro – a dialéctica da História.
No entanto, a educação tem de ter a componente “equilíbrio” e não o “exacerbado”, daquilo que foi ou que possa vir a ser, pior para a humanidade.
Vitórias e derrotas de guerras sangrentas e lutas corporais, são episódios que preenchem parte de vários currículos escolares, inclusivamente, brinquedos que são oferecidos às crianças em idades de acentuada aprendizagem, são algo eivados com carácter de guerras, lutas, defesa pessoal, ataque, etc.
Há países, nomeadamente, os E.U.A, Brasil em que o armamento é acessível às famílias e por conseguinte, também, às crianças. Quantos episódios tristes já não ocorreram!?
Guerreiros e heróis tais como D. Afonso Henriques e outros monarcas, D. Nuno Álvares Pereira, a Padeira de Aljubarrota, Tartarugas ninjas, Super-homem, homem aranha e tantos outros heróis que fazem parte do elenco dessa propensa pedagogia negativa em crianças…
Queremos como portugueses ser os melhores no mundo e em sociedade. Até o nosso hino é uma exaltação à “vitória pelas armas”.
Também a prática do futebol (desporto) torna-se por vezes de forma indirecta, uma condução à luta e conquista.
As religões que deveriam ter um papel pedagógico e social pela paz, incutem nos crentes a rivalidade pela posse única e incontestável da verdade, acerca de Deus criador.
As grandes batalhas, travadas no mundo entre povos, são uma amostra dessa rivalidade religiosa, mencionada.
Os pais oferecem aos filhos armas de plástico ou de outros materiais, arcos e flechas, carros de combate sem terem muitas vezes a noção que estão a gerar uma curiosidade e apetência para a luta…
Os inimigos acabam até por ser os seus próprios vizinhos, “amigos” e mesmo familiares.
Pergunto: Educação para a paz como, onde e com que intensidade!? Por tudo isto, o mundo é um “novelo”, visto com muitas adversidades.
Vejamos, inclusivamente, a destruição que é feita à natureza com a falta de respeito pela mesma.
Os seus incendiários e destruidores de árvores e a seres indefesos, já proliferam no nosso espaço habitável.
A Constituição física e psicológica do homem tem duas vertentes: a racional e a irracional.
O facto da nossa origem ancestral ter sido em pleno convívio e desenvolvimento com os animais na selva, geneticamente, ficou-nos a “substância” irracional na mente.
Façamos uma reflexão da sua corrida à destruição em massa com a descoberta da bomba nuclear.
Maior irracionalidade não poderíamos ter como exemplo.
Retirem-nos as leis e outros normativos de conduta e verão, certamente, o homem tornado um dos maiores predadores irracionais do planeta.
Pugnemos então por uma melhoria de Educação e Ensino se queremos uma sociedade de paz e bem estar de futuro.
Olhemos para a nossa sociedade cada vez mais desinformada, menos culta, menos racional.
Rodeia-nos os tristes episódios de mortandade, mal procedimento e discriminação para com os mais indefesos, nomeadamente, criancas, mulheres, doentes, idosos, pobres, etc, etc.
Por uma sociedade promotora da Paz e por um Futuro mais profícuo.
* Pós-graduado e técnico superior em SHST;
Licenciado em História e Ciências Sociais;
Outras;
Cidadão pró-activo.