1- Preâmbulo
Sim, infelizmente, o mundo vai caminhando para o digital e robótica.
Como é possivel deixar-se o homem entregue à decisão de uma máquina criada, programada, ou manipulada pelo próprio homem de pensamento mais “materialista” do que humano?
Esta é pois uma nova tendência pedagógica a ser praticada no nosso sector de Educação e Ensino mas que não está isolada, a nível internacional.
2- Desenvolvimento
O mundo do grande capital é o grande dominante, perante este e outros tipos de mudanças, que vão surgindo nas sociedades humanas comandadas e controladas.
Repara-se que o que está por trás daquilo que parece inofensivo, é a criação de autênticos “zombies”, controlados e manipulados, através do poder do dinheiro que até domina o poder político, entre outros.
Quanto mais capital houver disponível, tanto melhor para os seus adeptos cheios de “apetite material e monetário”…
Descapitalizam-se algumas das já parcas economias de pessoas e de países para um engrandecimento ao nível económico de alguns em nome individual, ou de grupo cooperativo com tal afinidade (o capital).
Ao grande capital não lhe interessa a questão humana, nem sequer a sua cultura, socialização, bem estar e ser, etc.
O que lhe interessa afinal é gente que não saiba, nem pense mas que apenas trabalhe e cumpra para o dito benefício.
Daí que o “ataque” como estratégia a ser feito, comece na célula principal – a Educação e Ensino. Aliás, quem tiver dúvida disso que disperte e analise.
Com determinadas “medidas” que já se aplicam, ou possam ainda a vir a ser implementadas, “poupam-se” quiçá milhões de euros, sobretudo, às grandes empresas do capital, ou mesmo às instituições governamentais e assim, poderem dar-se ao luxo de vir a dispensar professores, funcionários e trabalhadores em geral…
A “máquina” foi inventada para auxiliar o homem nas suas diversas tarefas físicas mas está a ser, infelizmente, usada pelo mesmo para a colocar ao “serviço” de meia dúzia de indivíduos, ou grupos cooperativos que possam desse modo vir a dominar a humanidade…
Ninguém é perfeito sem dúvida neste mundo mas anda-se em permanente luta, a fim de se conquistar os diversos poleiros do PODER.
Então, recorre-se à manipulação de “massas frágeis e distraídas” para a obtenção de fundamentais objectivos.
Na Educação e Ensino já foi criado o novo calendário a iniciar em 2 de maio de 2023, ou por opção das escolas, a escolha do dia 26 de maio para a realização com os novos instrumentos de avaliação – as provas de aferição no ensino (2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade), tendo por base as disciplinas de Educação Artística, Educação Física, Português e Estudo do Meio, Matemática e Estudo do Meio, Tecnologias de Informação e Comunicação, História de Portugal, Geografia de Portugal, Ciências Físico-Químicas e Ciências Naturais.
Haverá as provas finais no 9.º ano (avaliar o desempenho dos alunos no final do ciclo do ensino básico) que contribuem com o peso de 30% da avaliação das disciplinas avaliadas.
As provas nacionais são realizadas para os 11.ºs e 12.ºs anos de escolaridade, e sendo estas de âmbito nacional, servem para conclusão do ensino secundário… As mesmas, não estão a ser aplicadas nos moldes mais adequados e desejáveis, segundo a perspectiva de quem é, verdadeiramente, Pedagogo e que pensa de forma diferente e mais alargada…
O que se pretende ao fim e ao cabo fazer é como que uma espécie de “ensaio”, cujo horizonte será levado até aos 12.º anos de escolaridade e assim eis como que uma preparação para o mundo digital pretendido.
As vertentes de ensino das humanidades, estão com este novo método avaliativo secundarizadas e por conseguinte, os alunos vão deixando cada vez mais para trás, o saber ler, interpretar, escrever e assim, impreparar-se para o seu futuro, inclusivamente, também, para a formação de políticos e governantes que ficarão sem competências, adequadas para o desempenho das suas funções.
Aliás, já se vai notando tais efeitos na nossa sociedade com algumas mudanças ocorridas, no sistema de ensino-aprendizagem…
Pergunta-se: qual vai ser o papel do homem de futuro e que sociedade se pretende construir, se cada vez menos se saberá escrever, ler, memorizar, compreender, aplicar, analisar, avaliar, comparar, criar, concluir, etc.
Por onde ficarão as taxionomias, utilizadas no Método do ensino-aprendizagem, nomeadamente, a taxonomia de Boom, a concepção de Hameline que é a síntese das propostas de Mager, Gilbert e Birzea?!
Meus caros amigos sem objectivos nos diversos domínios definidos para a vida, ao nível das aprendizagens cognitivas, psicomotoras, objectivos gerais e específicos, seremos como que um barco sem rumo, perdido no meio do oceano, sem motor, velas ou remos.
Entregarmo-nos ao mundo Digital e da Robótica, sobrevalorizando o papel do Homem em sociedade será o caminharmos, apressadamente, para a sua própria destruição.
Aliás, temos nos nossos dias, o exemplo da evolução da tecnologia da computorização que é parte ligada, inclusivamente, à Robótica, Electrotecnica, Electrónica, Mecanotecnia, etc, uma dependência dos meios de actuais de comunicações, nomeadamente, através dos telemóveis, computador, etc.
* A pandemia da Covid19, também, veio contribuir, nomeadamente, para o refúgio do homem em sua própria casa, através da prática do tele-trabalho, da necessidade de marcacão de consultas médicas, dados informativos e resolução de assuntos indispensáveis, etc.
A falta da presença física no tratamento destas e de outras questões pertinentes surgiu mas, tristemente, arranjou-se ainda maior burocracia e dificuldade para a resolução de determinados problemas que se julgaria vir a acontecer.
As acessibilidades através de aplicações funcionais, não estão adaptadas às urgências e até no cumprimento de datas.
3- Algumas consequências nefastas e perigosas.
O invento da bomba atómica e dos mísseis telegiados de longo alcance com o objectivo da destruição em massa, é um sinal do ponto de chegada ou partida, da irracionalidade humana.
Chegou-se ao “cúmulo” de serem já inventadas máquinas robots para se fazer sexo, ou servir de fetiches.
Bem, para a procriação já não faltará muito e assim será dispensada como proveniente do acto de relação entre homem-mulher, nem sequer é necessário a instituição “família” – uma desumanização acelerada.
4- Conclusões
As máquinas terão sempre as “limitações de resposta às emoções e sentimentos e não têm capacidade para pensar e exprimir emoções, pelo menos, por enquanto”.
Ora isto é “algo” que começa a denotar a falta de ética e moral. É, pois a apontada desumanização em marcha.
Será esta a dialética que se pretende para a história humana – PASSADO-PRESENTE-FUTURO?
Como será estabelecida esta correlação no mundo digital e robótico, eis pois a questão!