Sabe-se que Portugal foi considerado um dos países mais pacíficos do mundo em caso de uma eventual Terceira Guerra Mundial. O Índice Global da Paz (GPI) colocou Portugal na sétima posição do ranking, acima da vizinha Espanha, que ocupa apenas o 25.º lugar.
O GPI avalia 23 indicadores para medir o nível de paz de cada nação, incluindo a segurança e proteção social, a extensão dos conflitos internos e externos e o grau de militarização. Segundo a mesma fonte, o relatório recorda que existem atualmente 56 conflitos ativos que envolvem quase 100 países, o número mais elevado desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Os países mais bem classificados
No topo da lista encontra-se a Islândia, seguida da Irlanda, Nova Zelândia, Áustria, Suíça e Singapura. Portugal surge logo depois, no sétimo lugar, à frente de Dinamarca, Eslovénia e Malásia. A Islândia mantém esta liderança desde 2008, destacando-se pelo isolamento geográfico e pela ausência de forças armadas, ao mesmo tempo que garante a autossuficiência energética através da energia geotérmica.
A Nova Zelândia, em terceiro lugar, combina vantagens semelhantes: localização remota, política externa neutra e autossuficiência agrícola. Já a Suíça, em quinto, preserva a sua tradição de neutralidade e mantém uma rede de abrigos antiaéreos para toda a população.
Portugal em destaque no contexto europeu
Na rede social Instagram, o perfil @the.wildproject partilhou um vídeo onde quatro espanhóis tentaram adivinhar quais os países mais seguros em caso de guerra. Os participantes mostraram-se surpreendidos ao saber que Portugal ocupa o sétimo lugar, enquanto Espanha aparece apenas no 25.º, sendo países vizinhos e com uma cultura semelhante. Um dos intervenientes questiona: “em caso de Terceira Guerra Mundial, Portugal está a salvo e Espanha não?”. Importa, no entanto, destacar que os dados de base para esta lista vêm do GPI, um índice de paz e não um ‘manual de segurança’ em cenário de guerra. É isso que explica a diferença de posição no ranking de Portugal e Espanha.
Explica o portal de notícias Executive Digest que os fatores mais valorizados na seleção dos países mais pacíficos incluem a localização geográfica, a neutralidade política e militar, a autossuficiência energética e alimentar, a estabilidade governativa, a coesão social e a capacidade de resposta em emergências civis. Conforme a mesma fonte, estas características ajudam a compreender porque Portugal figura entre os países mais bem posicionados no ranking.
Entre a segurança e o risco global
O relatório sublinha que 78 países participaram em conflitos fora das suas fronteiras nos últimos cinco anos, enquanto outros têm evitado envolvimento direto em guerras. No extremo oposto do ranking, de acordo com a Executive Digest, encontram-se a Rússia, Ucrânia, o Sudão, a República Democrática do Congo e o Iémen, considerados os territórios mais perigosos.
O estudo mostra que, mesmo num cenário de instabilidade crescente, Portugal reforçou a sua posição neste ranking, mantendo o seu lugar no ranking relação ao ano anterior. Assim sendo, o país assume-se como o quinto mais seguro da Europa, logo atrás da Suíça.
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