O consumo de peixe é amplamente recomendado por especialistas em nutrição devido aos seus inúmeros benefícios para a saúde. Rico em ácidos gordos ómega-3, este alimento ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares, melhora a função cerebral e tem um papel essencial na redução de processos inflamatórios no organismo.
No entanto, apesar das suas qualidades, nem todos os peixes são igualmente saudáveis. Algumas variedades passam por processos de transformação que alteram o seu valor nutricional e podem conter substâncias prejudiciais, tornando essencial uma escolha informada para manter uma alimentação equilibrada.
Os especialistas recomendam a ingestão de três a quatro porções de peixe por semana, mas alertam para a necessidade de optar por variedades frescas e nutritivas. Peixes ricos em ómega-3 e com baixo teor de contaminantes, como sardinha, cavala e truta, são frequentemente apontados como algumas das melhores opções.
Nem todos os produtos disponíveis no mercado oferecem os mesmos benefícios. Certos tipos de peixe processado contêm aditivos, elevados níveis de sal e gorduras prejudiciais, o que pode comprometer a saúde a longo prazo.
Quais devem ser consumidos com moderação?
De acordo com o jornal El Español, existem quatro tipos de peixe cujo consumo deve ser controlado devido aos potenciais riscos para a saúde cardiovascular. Um dos exemplos mais comuns é o salmão fumado.
Salmão fumado: uma opção nem sempre saudável
Apesar de ser apreciado pelo seu sabor e praticidade, o salmão fumado pode não ser a melhor escolha. O método de fumagem envolve a adição de grandes quantidades de sal, o que pode ser problemático para pessoas com hipertensão ou outras condições cardíacas.
Além disso, o processo de fumagem pode gerar compostos químicos como as aminas, que têm sido associadas a um possível aumento do risco de cancro do cólon. Embora esta relação ainda esteja a ser estudada, os especialistas recomendam moderação no consumo deste tipo de produto.
Surimi: o que está escondido nas delícias do mar?
Outro exemplo é o surimi, mais conhecido como “delícias do mar”, frequentemente utilizado em saladas e pratos rápidos. Segundo a Executive Digest, este produto é fabricado a partir de restos de peixe de menor qualidade, tendo um menor teor proteico e um maior conteúdo de hidratos de carbono.
A Federação Espanhola de Nutrição (FEN) alerta que o consumo excessivo de surimi pode estar relacionado com problemas de saúde como hipertensão, diabetes e perturbações intestinais, devido ao seu elevado teor de sal, gorduras e açúcares adicionados.
Palitos de pescada: o verdadeiro conteúdo dos ‘Douradinhos’
Os palitos de pescada, conhecidos como ‘douradinhos de peixe’, são muito populares, especialmente entre as crianças. No entanto, a sua composição pode não ser tão saudável como aparenta.
A maioria das marcas inclui apenas entre 35% a 50% de peixe na sua composição, sendo o restante composto por farinhas, amidos e outros ingredientes. Além disso, quando fritos a altas temperaturas, podem formar acrilamida, uma substância com potenciais efeitos cancerígenos.
Biqueirão em vinagre: um risco invisível
O biqueirão em vinagre, uma tapa tradicional, pode representar riscos para a saúde devido à possível presença do parasita anisakis. Estudos indicam que este prato é uma das principais causas de infeção por anisakis, especialmente quando preparado de forma caseira sem as devidas precauções.
Para evitar contaminações, as autoridades de saúde recomendam que o peixe seja congelado antes do consumo em cru ou em marinadas. Este procedimento ajuda a eliminar parasitas e reduz o risco de infeção alimentar.
A importância do método de preparação
A forma como o peixe é preparado e conservado influencia significativamente a sua qualidade nutricional. Certos processos aumentam a presença de compostos prejudiciais, tornando um alimento naturalmente saudável numa escolha menos recomendável.
Para beneficiar ao máximo das propriedades do peixe, é essencial fazer escolhas informadas. Optar por peixe fresco e evitar produtos altamente processados são passos fundamentais para manter uma dieta equilibrada.
Sempre que possível, é aconselhável ler os rótulos dos produtos para verificar a quantidade de sal, gorduras e outros aditivos. Reduzir o consumo de peixe processado e privilegiar métodos de confeção saudáveis, como grelhar ou cozer, são estratégias eficazes para proteger a saúde.
Nem todo o peixe é igual
O peixe é, sem dúvida, um alimento essencial para uma dieta equilibrada, mas nem todas as opções disponíveis no mercado oferecem os mesmos benefícios. Algumas variedades processadas podem conter substâncias prejudiciais e devem ser consumidas com moderação.
Ao fazer escolhas mais conscientes, é possível desfrutar dos benefícios do peixe sem comprometer a saúde. Investir em produtos naturais e adotar métodos de preparação adequados são a chave para manter uma alimentação saudável e equilibrada.
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