O ano de 2024 vai a meio e já muito aconteceu. Neste ano que é considerado o ano da democracia, onde mais de 50 países de todo mundo, representando um quarto de toda a população mundial, dirigem-se às urnas, se já não o fizeram, onde serão eleitos os representantes políticos dos próximos 4 ou 5 anos.
Estas eleições são de total relevância uma vez que podem inferir numa alteração da política internacional como a conhecemos. Esta primeira sensação de uma possível viragem à direita na política mundial surgiu a 9 de junho com o resultado das Eleições Europeias, onde, contrariamente àquilo que se sucedeu em Portugal, em países como a França, partidos de Extrema Direita ou de Direita Radical ficaram em primeiro lugar. O Rassemblement National (União Nacional, em Português) obteve 31,37% dos votos dos franceses, o que moveu Emmanuel Macron a levar o seu povo a votos. Naquilo que terá sido uma ação ambiciosa e perigosa do Presidente francês, tivemos um anseio coletivo por toda a Europa sobre aquilo que poderia vir a ser o resultado das Eleições.
O resultado de dia 7 de julho foi um sinal de manifestação pública por parte do povo francês de que a Extrema Direita, aliada a Putin e outros líderes anti europeus e ocidente, que se movem pelos interesses individuais de renovação de elites e alteração de regime, não são aquilo que os franceses procuram.
Outra lufada de ar fresco foi o resultado eleitoral no Reino Unido, onde, após mais de 10 anos de políticas de austeridade, um BREXIT, 5 Primeiros-Ministros conservadores, o Partido Trabalhista alcança um marco histórico no país, conseguindo 412 lugares na Câmara Baixa do Parlamento britânico. Os britânicos concluíram, assim como os franceses de que a resposta para as suas ansiedades e problemas, recaem nas visões progressistas promotoras de paz e focadas na defesa do Ocidente.
Estes dois resultados, embora um mais surpreendente que o outro são de facto um sinal de esperança para o resto do velho continente. Dois anos de guerra, aumento de inflação, crise habitacional ou ainda questões relacionadas com a saúde foram recentemente apontadas como as maiores preocupações dos europeus para o futuro próximo. Tendo em vista estas questões, os europeus vão votando, e vão escolhendo aqueles que melhor as defendem.
O ano vai a meio e ainda há muito para decidir, o mais decisivo acontece em novembro, nos Estados Unidos. Até lá, aguardamos, esperando que o progressismo e o Ocidente vençam, pois, ainda há esperança.
*David Heijselaar, 20 anos, nascido e criado em Lagos, onde viveu até aos 17 anos, idade com a qual foi estudar para Lisboa. O seu interesse sobre a UE surgiu através do programa do EPAS, o qual participou com a sua escola secundária.
Atualmente, encontra-se a frequentar a licenciatura em Estudos Europeus e Relações Internacionais na Universidade Lusófona – Centro Universitário de Lisboa.
Durante a licenciatura já participou em diversas atividades relacionadas com o curso, nomeadamente o EYE2023, o qual lhe permitiu viajar até Estrasburgo e conectar-se com a política europeia.
Interessa-se sobre política nacional e europeia e espera um dia vir a ter uma voz que faça diferença no mundo.
Leia também: EU e a política | Por David Heijselaar
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