Todos sabemos que, pelo mundo fora (não só em Portugal), nem toda a gente conduz de forma segura. Dado isto, foi realizado um estudo pelo portal Vignetteswitzerland.com, de modo a avaliar em que país da UE os condutores são mais imprudentes, logo, onde é menos seguro conduzir. Este estudo baseia-se em seis critérios principais: taxa de mortalidade rodoviária, condução sob o efeito do álcool, excesso de velocidade nas autoestradas, condução com sono, uso do telemóvel ao volante e falta de cinto de segurança.
Quem lidera esta lista?
A Letónia lidera a lista dos países da União Europeia com o maior número de condutores imprudentes. O país apresenta uma taxa de mortalidade rodoviária elevada, com 75 mortes por milhão de habitantes por ano. Além disso, destaca-se pelos altos níveis de utilização do telemóvel durante a condução.
Que posição ocupa Portugal?
Portugal também não está bem classificado neste estudo, ocupando o 8.º lugar no ranking. O país regista uma taxa de 61 vítimas mortais por milhão de habitantes.
Os dados revelam que 27,6% dos condutores portugueses admitiram conduzir depois de consumir álcool. Além disso, 65,3% confessaram ultrapassar os limites de velocidade nas autoestradas. Outro fator preocupante é que 18,8% dos condutores assumem que já conduziram com sono. Por outro lado, 26,5% admitem usar o telemóvel ao volante, enquanto 8,3% não utilizam o cinto de segurança.
Na segunda posição da lista dos condutores mais imprudentes estão os austríacos. No país, 22,1% dos condutores admitiram conduzir após ingerirem álcool.
Quase 1 em cada 3 condutores gregos não cumpre uma regra básica de segurança
A Grécia ocupa o terceiro lugar deste ranking, destacando-se pela elevada percentagem de condutores que não usam cinto de segurança. De acordo com os dados, quase 28% dos condutores gregos não cumprem esta regra básica de segurança.
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Uso de telemóvel
O site Euronews, citado pela Executive Digest, avançou que os números do estudo foram recolhidos a partir das estatísticas oficiais da Comissão Europeia sobre sinistralidade rodoviária. A Finlândia também apresenta comportamentos preocupantes. No país, mais de 40% dos condutores afirmam que utilizam o telemóvel enquanto conduzem, registando a taxa mais elevada entre os países analisados.
Álcool ao volante
No Luxemburgo, o consumo de álcool antes de conduzir também é um problema sério. Quase quatro em cada dez condutores admitiram já ter conduzido após beberem.
Mattijs Wijnmalen, CEO da Vignette Switzerland, mostrou preocupação com os resultados. “O que é particularmente alarmante é que, em países como o Luxemburgo e a Finlândia – nações conhecidas pelos seus elevados padrões de vida e infraestruturas – estamos a assistir a taxas extremamente elevadas de comportamentos perigosos específicos”, afirmou.
Qual o país mais seguro?
Por outro lado, a Suécia surge como o país mais seguro para conduzir na Europa. A taxa de mortalidade rodoviária é de apenas 22 mortes por milhão de habitantes, um valor bastante inferior à média europeia.
Importância de conhecer as regras
O estudo vem reforçar a importância de cumprir as regras de segurança rodoviária para reduzir o número de acidentes. O uso do cinto de segurança, a atenção ao volante e o respeito pelos limites de velocidade são fundamentais para a segurança de todos.
Em Portugal, as autoridades têm reforçado as campanhas de sensibilização e fiscalização para combater os comportamentos de risco. No entanto, os números mostram que ainda há muito a fazer para melhorar a segurança nas estradas. A redução da sinistralidade rodoviária depende do esforço conjunto das autoridades, dos condutores e da sociedade em geral. Cumprir as regras e adotar uma condução responsável pode fazer toda a diferença.
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