Em Portugal, são colhidas dezenas de toneladas de laranjas por dia. É no sul do país que se cultiva a esmagadora maioria deste fruto que é o mais consumido no mundo. Chegou pela mão dos descobridores no século XVI e os dados apontam para um futuro promissor
Segundo um extrato do programa Faça Chuva ou Faça Sol da RTP, o sector dos citrinos é dos que mais tem evoluído na agricultura nacional. A laranja é o segundo fruto mais produzido em Portugal, depois da maçã. Pensar em laranjas e associá-las ao Algarve é uma imagem que nos surge com a maior naturalidade. Por excelência, as solarengas terras do sul são as mais nobres para o cultivo. Devido às características do solo, à quase ausência de geadas e à longa exposição solar.
Apesar de as laranjas também serem plantadas no Ribatejo e na zona da Vidigueira, no Alentejo, 83% da produção nacional concentra-se na região algarvia, onde o fruto é caracterizado por uma cor intensa, forte doçura e por ser muito sumarento.
Apesar do incremento da produção nos últimos anos, é ainda insuficiente para alimentar o mercado nacional e os pedidos de exportação.
Em Portugal, a comercialização de laranja ocorre durante todo o ano, devido à utilização de variedades de meia estação e as chamadas variedades tardias. As “Dalmau” e as “Newhall” são colhidas entre novembro e março, as “Baía” e as “Jaffa” de fevereiro a abril e as “Valencia late “ e “Lane late” entre março a agosto (estas, só mesmo no Algarve).
Crê-se que os portugueses terão introduzido o fruto na Europa a partir da China, no século XVI, e que depois o levaram para o continente americano, onde hoje se encontram as maiores plantações de laranjas do mundo.