Elidérico Viegas é o convidado desta edição do POSTAL a pretexto do lançamento do seu livro “Guiné 1971-1972-1973 A Guerra que a História Quer Esquecer”.
O autor, cronista residente do jornal POSTAL e uma das figuras portuguesas que mais tem escrito e partilhado as suas reflexões sobre o Turismo, dá agora à estampa os seus pensamentos e vivências sobre um tema considerado tabu para muitos, a dos ex-combatentes, pois como diz Elidérico Viegas no texto que aqui publicamos, “é preciso que aqueles que combateram na guerra colonial escrevam as verdades sobre uma guerra que o poder político teima em ignorar, sobretudo os milicianos, ou seja, aqueles que verdadeiramente estiveram na linha da frente dos combates”.
A obra de autor tem a chancela da editora Arandis e vai ser apresentada por José Carlos Vilhena Mesquita no próximo dia 15 de novembro, às 17 horas, na Biblioteca Municipal de Faro.
O evento, com entrada gratuita, conta com três oradores, respetivamente, Henrique André, presidente do Núcleo de Faro da Liga dos Combatentes, Ludgero Sequeira, autor do prefácio e presidente da delegação do Algarve da Associação dos Deficientes das Forças Armadas, e Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro.
Elidérico Viegas iniciou-se na atividade turística muito jovem
Nascido no Barrocal profundo, em Paderne, concelho de Albufeira, no seio de uma família modesta de pequenos agricultores, Elidérico Viegas assume-se como um algarvio de gema. Frequentou o ensino secundário na Escola Industrial e Comercial de Faro, (EICF), actual Tomás Cabreira, tendo finalizado o Curso Geral do Comércio e frequentado a Secção Preparatória.
Iniciou-se na actividade turística muito jovem, após frequentar um curso de turismo na Escola Hoteleira do Algarve, numa altura em que, como gosta de salientar, ainda não havia hotéis na região. Desempenhou cargos de recepcionista, chefe de recepção, subdirector e director de hotel.
É graduado em Gestão Hoteleira e possui vários cursos de gestão e marketing na área do turismo. A partir dos 25 anos de idade, iniciou-se no mundo empresarial no turismo e em outros sectores de actividade, razão pela qual, desde muito jovem, foi convidado a desempenhar lugares de dirigente associativo, quer em estruturas regionais quer nacionais. Esteve intimamente ligado à afirmação e consolidação turística da Praia da Oura durante mais de 30 anos, lamentando, profundamente, que alguns empresários sem capacidade e outros sem visão de futuro, tenham relegado uma zona turística de excepção para um destino banal e sem qualidade.
Elidérico Viegas é fundador e dirigente de várias organizações associativas empresariais no Algarve e no País, é há muito considerado uma referência no panorama do turismo regional e nacional. Conhecido pela sua verticalidade e frontalidade na defesa dos interesses gerais que representa, foi fundador e Presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), fundador e vice-presidente da CTP — Confederação do Turismo Português, Presidente da Assembleia Geral do Turismo do Algarve (RTA) e Cônsul Honorário da República da Polónia durante mais de 15 anos.
Foi distinguido, ao longo da vida, com várias condecorações, entre as quais se destacam a Medalha de Mérito Turístico, atribuída pelo governo português; e a eleição de Personalidade do Ano, atribuída pela Associação da Imprensa Regional do Algarve (AIRA). Foi ainda eleito por um Júri Independente “Primus Inter Pares” por duas vezes; tendo sido considerado uma das vinte figuras mais relevantes do Algarve e uma das trinta personalidades que mais contribuíram para o desenvolvimento do turismo em Portugal.
Agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito, Grau Ouro, pelo Presidente da República da Polónia, (Grande Oficial), foi também distinguido com a Medalha “BENE MERITO”, atribuída pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da República da Polónia. Participou, regularmente, como orador em conferências, congressos, seminários e encontros sobre turismo, quer a nível nacional, quer internacionalmente.
É cronista regular em órgãos de comunicação social regionais, nacionais e da especialidade, tendo elaborado vários estudos e documentos sobre a actividade turística do Algarve e o turismo em geral.
Leia também: GUINÉ 1971-1972-1973: A guerra que a história quer esquecer | Por Elidérico Viegas