A Tesla, num ano que classifica como “de viragem”, apresentou em 2021 lucros de 5,5 mil milhões de dólares (cerca de 4,8 mil milhões de euros ao câmbio atual), um crescimento de mais de sete vezes face ao exercício de 2020, ano em que registara lucros de 721 milhões de dólares (636 milhões de euros), de acordo com o comunicado de resultados divulgado na quarta-feira. O ano passado foi o segundo ano em que a construtora de automóveis elétricos fundada por Elon Musk registou resultados financeiros positivos.
A construtora de automóveis elétricos anunciou uma subida de 73% das receitas do negócio automóvel, de 27,2 mil milhões de dólares (24 mil milhões de euros) em 2020 para os 47,2 mil milhões de dólares (41,6 mil milhões de euros) no ano passado. As receitas totais cresceram 71% para os 53,8 mil milhões de dólares (47,4 mil milhões de euros).
As entregas de automóveis subiram 87% no ano passado para as 936 mil unidades, com as entregas dos modelos 3 e Y a duplicarem face ao período homólogo. Nunca a Tesla tinha conseguido entregar aos clientes tantos automóveis como em 2021.
O ano passado foi “de viragem para a Tesla”, de acordo com o comunicado da empresa. “Não deverá existir qualquer dúvida sobre a viabilidade e rendibilidade dos veículos elétricos”, diz a Tesla.
A empresa, depois de despender 6,5 mil milhões de dólares (5,7 mil milhões de euros) na construção de novas fábricas, pretende “aumentar a produção o mais rapidamente possível, não só através do incremento da produção das novas fábricas de Austin [Estados Unidos] e Berlim [Alemanha], mas também através da maximização da produção nas nossas fábricas já existentes em Fremont [Estados Unidos] e Xangai [China]”.
“Acreditamos que a competitividade no mercado dos veículos elétricos será determinada pela destreza no aumento da capacidade em toda a cadeia de abastecimento e no aumento da produção”, defende a empresa fundada por Elon Musk. A construtora de automóveis elétricos irá também continuar a desenvolver sistemas de condução autónoma no próximo ano.
A Tesla prevê aumentar “a capacidade de fabrico o mais depressa possível” no futuro, apesar de assumir que as fábricas têm estado a operar abaixo da capacidade máxima devido aos problemas nas cadeias de abastecimento mundiais dos últimos meses. A Tesla espera que estes problemas continuem em 2022.
“Num horizonte de vários anos, esperamos alcançar um crescimento médio anual de 50% nas entregas de veículos”, o que dependerá de variáveis como capacidade de equipamento, eficiência operacional e da capacidade e estabilidade da cadeia de abastecimento”, antecipa.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL