O valor mediano das casas em Portugal atingiu um novo recorde em dezembro, com os bancos a avaliarem as habitações em 1.747 euros por metro quadrado (m²). Este aumento representa uma valorização de sete euros face ao mês anterior e um crescimento anual de 13,7%. No espaço de um ano, as residências aumentaram 211 euros por m², registando a maior valorização absoluta anual até à data. Este fator pode significar mudanças para quem já tem ou quer comprar casa.
Esta subida nos valores das avaliações bancárias pode ser uma boa notícia tanto para quem já tem casa própria como para quem pretende comprar. Para os proprietários, significa que os seus imóveis estão a valer mais, o que pode ser vantajoso em caso de venda ou renegociação de crédito. Para os compradores, um valor mais alto atribuído pelos bancos pode facilitar a obtenção de um empréstimo, uma vez que o montante de financiamento concedido está diretamente ligado à avaliação da habitação.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, no conjunto do ano de 2024, a valorização das casas foi significativa, com um valor médio de 1.662 euros por m², refletindo um crescimento de 9,3% face a 2023. A Região Autónoma da Madeira registou a maior valorização anual (14,8%), enquanto o Alentejo teve o menor crescimento (5,5%).
Nos apartamentos, a avaliação bancária fixou-se nos 1.962 euros por m² em dezembro, com a Grande Lisboa a registar o valor mais alto (2.596 euros por m²). O aumento anual foi o mais expressivo desde que há registos, com uma subida de 259 euros por m². No caso das moradias, o valor mediano foi de 1.322 euros por m², com o Algarve a destacar-se como a região mais cara (2.450 euros por m²), explica o Expresso.
A nível municipal, os valores mais altos foram registados em Lisboa, Cascais, Oeiras, Loulé e Lagos. Oeiras teve o maior aumento mensal, com uma valorização de 70 euros por m². Em contrapartida, Moura, Nelas, Porto de Mós, Seia e Mangualde registaram os valores mais baixos, sendo que apenas Moura viu um aumento em dezembro. Mangualde teve a maior descida mensal, com menos 29 euros por m².
Este cenário mostra que, apesar da subida dos preços, o mercado continua a ser dinâmico e pode apresentar vantagens tanto para vendedores como para compradores. Com os bancos a valorizarem mais as habitações, a possibilidade de acesso ao crédito pode aumentar, facilitando a compra para quem procura financiamento. Para quem já tem casa, a valorização pode ser um fator positivo na hora de vender ou renegociar condições de empréstimo.
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