O Barclays convocou os seus banqueiros de investimento para irem ao escritório pelo menos quatro dias por semana, dizendo que o agravamento das condições do mercado significa uma maior necessidade de colaboração pessoal. Mas o banco não é a única empresa a ‘empurrar’ os seus trabalhadores para um maior regresso ao escritório: é apenas a mais recente.
No caso do banco, a nova política aplica-se a partir de 3 de outubro, e o Barclays espera que se aplique a todos os banqueiros de investimento, em qualquer parte do mundo onde há escritórios.
Este retorno é especialmente importante no contexto de “ambientes de mercado mais difíceis, como o atual ciclo” e também ajudará o desenvolvimento de banqueiros mais jovens, disse o banco, em nota enviada aos funcionários, consultada pela “Bloomberg”.
Já outros bancos, como o Goldman Sachs, Morgan Stanley e JPMorgan pediram o mesmo aos seus funcionários.
Fora da banca, a General Motors também pediu recentemente aos funcionários corporativos que voltassem ao escritório pelo menos parte do tempo. Espera-se que os funcionários que trabalharam remotamente durante a pandemia de covid-19 “direcionem para um ciclo de trabalho presencial mais regular”, que inclui três dias por semana, disse um porta-voz na passada sexta-feira. A política de regresso ao escritório entrará em vigor ainda este ano.
Também no setor automóvel, a Tesla pediu aos seus trabalhadores para regressarem ao escritório. A diferença é que o pedido de Elon Musk é para trabalhar no escritório a tempo inteiro. O pedido de Musk dizia para os trabalhadores passarem “pelo menos 40 horas por semana no escritório”, o que gerou polémica.
O problema? É que três meses após Musk anunciar essa regra, a Tesla ainda não tinha espaço ou recursos para trazer todos os seus funcionários de volta ao escritório, segundo a CNBC.
As tecnológicas também se preparam para fazer o mesmo. A Apple disse aos seus funcionários que deviam comparecer no escritório pelo menos três dias por semana, algo que se iniciou a 5 de setembro. Mas não sem polémica. Os trabalhadores da ‘gigante’ reagiram ao pedido de regresso lançando uma petição, onde alegavam que a empresa arriscava sufocar a diversidade e o bem-estar da equipa ao restringir a sua capacidade de trabalhar remotamente.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL