Mais de dois milhões de pensionistas vão receber esta segunda-feira um reforço no valor da sua reforma. À pensão de outubro, junta-se um “suplemento extraordinário” equivalente a mais metade (50%) do valor do cheque ou transferência bancária. Para já, estão em causa as pensões pagas pela Segurança Social. Daqui a pouco mais de uma semana, seguem-se os da Caixa Geral de Aposentações.
Daqui a três meses, em janeiro, abre-se outra fase: os reformados verão o valor base da sua pensão ser atualizada. O valor da atualização varia consoante o valor da pensão de reforma, mas, para a esmagadora maioria dos reformados, de acordo com o que está na legislação entretanto publicada, haverá um aumento de 4,43%. Por exemplo, para uma pensão mensal de 500 euros, significarão mais 22 euros por mês.
Este desdobramento dos aumentos foi a fórmula encontrada pelo Governo para evitar concentrar os aumentos todos no mesmo ano, em 2023, e de forma permanente nas contas da Segurança Social. Se o fizesse, a maioria dos reformados receberiam a habitual pensão em outubro, e, em janeiro, teriam um aumento de 8% (ou até ligeiramente mais, consoante o que venha a ser ditado pela inflação até novembro). Assim, recebem mais 4,43% em janeiro e meia pensão agora, de uma assentada.
Estes aumentos cingem-se a quem recebe pensões da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações. Quem descontou para fundos de pensões privados, como é o caso dos bancários, está fora. A menos que, nalgum momento da sua carreira, tenha descontado para um dos dois sistemas públicos. Nesse caso, recebem em outubro um reforço equivalente a 50% do complemento de pensão pago pelo Estado ou 125 euros, consoante o valor mais alto.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL