A Segurança Social fechou o ano de 2021 com um excedente de 2.254 milhões de euros, um aumento de 122,3 milhões de euros face ao ano anterior, avançou esta quinta-feira o Ministério do Trabalho, em comunicado.
“Este é, assim, o quarto ano desde 2017 em que o saldo global anual do subsector da Segurança Social ultrapassa os dois mil milhões de euros, algo que, desde 2001, nunca tinha acontecido, o que tem reflexos no prolongamento da sustentabilidade do sistema da Segurança Social”, sublinha o ministério num comunicado sobre os dados da execução orçamental publicados pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).
A melhoria do excedente registou-se num ano “ainda marcado por fortes constrangimentos provocados pela pandemia” de covid-19 e “pela mobilização sem precedentes de apoios extraordinários”, realça o gabinete da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
Para o saldo, contribuiu um aumento da receita em 4,2% face a 2020, para 33.480,1 milhões de euros.
O valor das contribuições e quotizações atingiram em 2021 “o valor mais alto de sempre” ao aumentarem 9,4% em termos homólogos, para 19.943 milhões de euros, destaca o ministério.
Já a despesa da Segurança Social aumentou em 4% em 2021 face a 2020, atingindo 31.226,3 milhões de euros.
Segundo o gabinete, o aumento da despesa “foi gerado, essencialmente, pelas medidas extraordinárias adotadas no âmbito da situação de pandemia” que representam um acréscimo de 1.919,5 milhões de euros.
O aumento da despesa da Segurança Social ficou ainda a dever-se à despesa com prestações de desemprego, que subiu 4,9% (mais 74,1 milhões de euros do que no período homólogo), e ao crescimento dos gastos com pensões e complementos em 487,9 milhões de euros (mais 2,7%). Verificou-se ainda uma diminuição de despesa com as prestações de parentalidade.