A Ryanair, companhia aérea irlandesa de baixo custo, lucrou 1263 milhões de euros no primeiro semestre do seu ano fiscal, ou seja, entre abril e setembro, apanhando os meses do verão, onde a companhia aérea atingiu recordes.
Segundo divulgado esta segunda-feira em comunicado, a Ryanair lucrou 1263 milhões de euros entre abril e setembro, o que compara com um prejuízo de 48 milhões no mesmo período do ano passado.
O lucro poderia ser ainda mais elevado (1370 milhões de euros), não fosse a “perda excecional de 107 milhões de euros (após impostos) nas opções de compra de combustível do grupo”.
O resultado foi impulsionado pelo melhor verão de sempre, com o tráfego 14% acima do período pré-covid a compensar a fraca Páscoa influenciada pela invasão russa da Ucrânia. No total do semestre, as receitas aumentaram quase 250% para 4,42 mil milhões de euros.
Ainda assim, a companhia aérea acusou a Boeing de influenciar o seu crescimento. “O nosso crescimento está a ser dificultado pela incapacidade da Boeing de cumprir o seu calendário de entregas no terceiro trimestre, apesar das suas garantias anteriores de que as entregas da Ryanair seriam ‘priorizadas’. Esperamos que a Boeing entregue até ao Natal apenas 10 ou 12 dos 21 Gamechangers [nome do modelo de avião] contratados”, lê-se na nota.
Tendo em conta a elevada inflação, a Ryanair espera “crescer fortemente durante a recessão” devido aos seus preços baixos pois pensa que “os consumidores não vão deixar de voar, mas sim tornar-se mais sensíveis aos preços”.
“O preço continuará a impulsionar ganhos de quota de mercado à medida que adicionamos aviões de baixo custo, mais eficientes em termos de combustível, à nossa frota para os próximos 4 anos”, indica a companhia irlandesa.
Para o conjunto do ano 2023, a companhia alerta que “a recuperação continua frágil e pode ainda ser afetada por novas variantes da covid-19 ou acontecimentos geopolíticos adversos como a [guerra na] Ucrânia”. Contudo, “as reservas antecipadas (tanto de tráfego como de tarifas) permanecem fortes durante os meados de outubro e até ao período de pico das viagens de Natal”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL