O produto interno bruto (PIB) sazonalmente ajustado da zona euro cresceu 0,8% no segundo trimestre face ao trimestre anterior, ao passo que nos 27 países da União Europeia (UE) o crescimento foi de 0,7%, anunciou o Eurostat esta quarta-feira, 7 de setembro. No primeiro trimestre, o crescimento em cadeia fora de 0,7% na zona euro e de 0,8% na UE.
Numa comparação homóloga, o PIB cresceu, no segundo trimestre, 4,1% na zona euro e 4,2% nos 27, abrandando o ritmo de crescimento face aos 5,4% e 5,5%, respetivamente, registados no primeiro trimestre de 2022.
Na comparação em cadeia, os Estados-Membros que mais viram o PIB crescer foram os Países Baixos, com uma subida de 2,6%, a Roménia, com mais 2,1%, e a Croácia, com 2%. Do outro lado da tabela estão a Polónia, a Estónia, a Letónia e a Lituânia, com quedas de 2,1%, 1,3%, 1% e 0,5%, respetivamente. Portugal vem a seguir, mantendo inalterado o PIB do primeiro para o segundo trimestre.
Nas componentes que mais contribuíram para a produção europeia no segundo trimestre está a despesa final das famílias, que aumentou em cadeia 1,3% na zona euro e 1,2% na UE. No primeiro trimestre, a variação foi nula nas duas regiões. O contributo desta componente para o crescimento do PIB foi de 0,6 pontos percentuais nas duas regiões.
A despesa pública, por sua vez, aumentou 0,6% tanto na zona euro como na UE, depois de ter crescido 0,2% e 0,1%, respetivamente, no primeiro trimestre. O contributo desta componente para o crescimento do PIB foi de 0,1 ponto percentual nas duas regiões.
A formação bruta de capital fixo aumentou 0,9% na zona euro e 0,7% na UE no segundo trimestre face a uma queda de 0,8% e a uma variação de 0%, respetivamente, no primeiro trimestre. Esta componente representou 0,2 pontos percentuais do crescimento do PIB nas duas áreas.
Segundo o Eurostat, as exportações ganharam fôlego, mas não tanto como as importações. As exportações aumentaram 1,3% na zona euro e 1,4% nos 27, acelerando face a subidas de 1,2% e 1% em cadeia no primeiro trimestre.
As importações, por sua vez, cresceram 1,8% nos países da moeda única e 1,9% na UE, depois de, no primeiro trimestre, terem caído 0,2% na zona euro e crescido apenas 0,2% nos 27. O contributo da balança externa foi negativo em 0,2 pontos percentuais nas duas regiões no crescimento do PIB.
Os volumes do PIB da zona euro e da UE ficaram 1,8% e 2,3% acima, respetivamente, dos níveis do quarto trimestre de 2019, o último trimestre livre dos efeitos da pandemia da covid-19.
EMPREGO CRESCE, MAS A UM RITMO MENOR
No que toca a emprego, o Eurostat avança que o número de pessoas empregadas aumentou, face ao anterior, 0,4% tanto na zona euro e na UE no segundo trimestre. Este crescimento representa um abrandamento, já que o emprego tinha crescido, em cadeia, 0,7% na zona euro e 0,5% na UE no primeiro trimestre.
Numa comparação homóloga, o emprego aumentou, no segundo trimestre, 2,7% na zona euro e 2,4% na União Europeia. A variação homóloga no primeiro trimestre no emprego foi de 3,1% na zona euro e de 2,9% na UE.
No segundo trimestre, Portugal foi o segundo país da UE onde o emprego mais caiu face ao anterior, superado apenas por Espanha. Os países ibéricos registaram recuos em cadeia de 0,7% e 1,1%, respetivamente. O emprego, entretanto, cresceu 3,1% na Lituânia e 1,6% tanto na República Checa e na Irlanda.
De acordo com o Eurostat, estavam, no segundo trimestre, mais 2,7 milhões de pessoas empregadas na zona euro, e mais 3,5 milhões na UE, face ao último trimestre de 2019.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL