Este ano, os contribuintes terão mais trabalho ao preencher a declaração de IRS devido a novas obrigações declarativas, alerta a Bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados.
O preenchimento da declaração de IRS terá novas exigências este ano. Conheça as mudanças, os rendimentos que precisam de ser incluídos e como estas alterações impactam os contribuintes.
Novas regras no preenchimento do IRS
Pela primeira vez, será necessário incluir na declaração rendimentos como subsídio de refeição, ajudas de custo e vales de educação, sempre que ultrapassem os 500 euros anuais.
Estes valores, anteriormente isentos de declaração, passam agora a integrar o IRS, numa medida que visa aumentar a transparência e centralizar todos os rendimentos num único documento, segundo revelou a Renascença.
Apesar de estas alterações não implicarem qualquer impacto financeiro direto, uma vez que os rendimentos em causa continuam isentos de imposto, o processo de submissão torna-se menos automático. A falta de pré-preenchimento destas informações obriga os contribuintes a inserirem manualmente os dados, exigindo maior atenção e tempo.
Além disso, é essencial garantir que os valores reportados correspondem fielmente aos montantes recebidos, uma vez que a omissão ou erro na declaração pode levar a notificações e correções posteriores.
Com o prazo para entrega da declaração de IRS a decorrer entre abril e junho, os especialistas aconselham os contribuintes a verificarem atempadamente a informação disponível no Portal das Finanças.
Maior rigor na atribuição de apoios sociais
A introdução desta nova exigência tem também como objetivo garantir maior equidade na atribuição de apoios sociais, assegurando que a Autoridade Tributária tem uma visão completa dos rendimentos de cada contribuinte.
A Bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados sublinha que as entidades empregadoras não comunicaram previamente estes valores ao Fisco, o que explica o esforço adicional que será exigido aos contribuintes no preenchimento da declaração de IRS.
Para evitar problemas futuros, é aconselhável que os contribuintes consultem a documentação fornecida pelas entidades empregadoras e cruzem as informações com os rendimentos efetivamente recebidos.
Quem tiver dúvidas pode recorrer a um contabilista certificado ou aos serviços de apoio da Autoridade Tributária para garantir que a declaração é submetida corretamente.
Leia também: Estes são os países mais seguros em caso de 3.ª guerra mundial (Portugal não é um deles)