O número de imigrantes a trabalhar em Portugal e a fazer descontos para a Segurança Social tem vindo a crescer. No final do ano passado, 473 mil pessoas que pagaram taxa social única eram estrangeiras. Equivalem a 10% das contribuições social mensais.
Os números foram avançados esta quarta-feira pela ministra do trabalho, da Segurança Social e da Inclusão durante o debate no Parlamento sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2022. “Em 2015 havia 191 mil estrangeiros a descontar para a Segurança Social, agora, em 2021, são 473”, disse Ana Mendes Godinho.
“10% das pessoas que estão a contribuir para a Segurança Social são imigrantes”, sendo responsáveis por “1300 milhões de euros em contribuições” sociais, disse a ministra, para quem “isto significa inclusão mas também participação coletiva”.
1400 UCRANIANOS COM TRABALHO
Ana Mendes Godinho aproveitou ainda para atualizar a situação dos cidadãos ucranianos que procuram abrigo da guerra em Portugal, adiantando que, neste momento, 1400 refugiados ucranianos já têm contrato de trabalho em Portugal, e que 5700 estão a frequentar cursos de português.
Em resposta a uma pergunta ao deputado José Soeiro do Bloco de Esquerda, que quis saber o que está a ser feito para garantir que estes trabalhadores não estão a ser explorados – “saíram textos grotescos na imprensa sobre podermos aproveitar mão de obra”, alertou o deputado bloquista, Ana Mendes Godinho garantiu que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) está mobilizada.
“A ACT fez 41 visitas dedicadas a acompanhar situações concretas, e 27 ações de sensibilização em todo o país, e 110 contactos individualizados com trabalhadores”.
No debate que decorre esta quarta-feira, o Governo está a ser criticado pela oposição por falhar nas respostas às necessidades sociais da população. As críticas, transversais da esquerda à direita, passam pela fraca expressão do apoio de 60 euros que está a ser dado ás famílias mais carenciadas, para fazer face ao aumento de preços; pela timidez do apoio às creches, que se limita ao primeiro ano das crianças; e pela ausência de formas de compensação do aumento da inflação para a generalidade dos trabalhadores e pensionistas.
Ao longo do debate, Ana Mendes Godinho falou várias vezes “esforço coletivo”, “confiança”, “participação coletiva” e “inclusão” e manifestou-se uma eterna insatisfeita. “Nunca estou contente. Sou uma permanente insatisfeita. Por isso nunca baixo os braços”.
Para o PSD, o discurso encerra muitos “soundbites e poucas respostas concretas”.
Ao longo do debate, Ana Mendes Godinho falou várias vezes “esforço coletivo”, “confiança”, “participação coletiva” e “inclusão” e manifestou-se uma eterna insatisfeita. “Nunca estou contente. Sou uma permanente insatisfeita. Por isso nunca baixo os braços”.
Para o PSD, o discurso encerra muitos “soundbites e poucas respostas concretas”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL