O Novo Banco obteve um resultado líquido de 428,3 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, que compara com os 154,1 milhões de euros de ganhos alcançados em igual período de 2021, revela o banco num comunicado enviado esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Considerando apenas o terceiro trimestre, o resultado do banco liderado por Mark Rourke cifrou-se em 161,6 milhões de euros, mais 30% do que os 124 milhões de euros ganhos no segundo trimestre, e quase dez vezes o lucro de 16,4 milhões de euros de igual período de 2021.
“Numa base trimestral, a evolução positiva justifica-se pela melhoria do produto bancário (+7,1%), controlo dos custos operativos (+0,4%) e menor nível de imparidades e provisões”, explica o Novo Banco.
No conjunto dos primeiros nove meses do ano o produto bancário comercial recuou 2,6%, para 621,6 milhões de euros, com a margem financeira a baixar 5,6%, para 405,9 milhões, mas as comissões dos serviços a clientes a subir 3,8%, para 215,7 milhões.
No entanto, o produto bancário total acabou por melhorar 26,5%, para 851,1 milhões de euros, graças a uma melhoria dos resultados de operações financeiras e dos outros resultados de exploração, um desempenho “impulsionado pelo processo de desalavancagem do portefólio imobiliário”, incluindo um ganho de 71,5 milhões de euros com a venda do edifício que alberga a sede do Novo Banco.
Ajustado de efeitos extraordinários, o resultado antes de impostos do Novo Banco de janeiro a setembro teria sido de 267,3 milhões de euros, correspondendo a um retorno sobre os capitais tangíveis de 12,4%.
No comunicado dos resultados, o presidente executivo do Novo Banco, Mark Rourke, salienta que “o crescimento da atividade nos primeiros nove meses de 2022, reflexo da estratégia de crescimento sustentado do negócio bancário em Portugal, com geração crescente de receita e capital, conduziu à criação de valor para todos os stakeholders”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL