A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, vinca esta segunda-feira que o Governo não antevê problemas no abastecimento alimentar, pedindo que se evite “o pânico”, nomeadamente com o óleo de girassol, que “não faltou, só aumentou de preço”.
“Nesta altura, não antevemos que falhem produtos de abastecimento nos supermercados”, declara Maria do Céu Antunes, falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas, à margem de um Conselho de Agricultura e Pesca, com os ministros europeus da tutela.
Vincando ser “muito importante não criar o pânico nas pessoas”, a governante aponta que, “aquando da covid-19, houve uma situação de pânico e faltaram alguns produtos nas prateleiras dos supermercados”.
“E também já vimos que, nesta crise [devido à guerra da Ucrânia], o óleo de girassol faltou porque se especulou que iria faltar, mas não faltou, o que houve foi um aumento de preço, ficando ao preço do azeite”, acrescenta Maria do Céu Antunes.
De acordo com a ministra da Agricultura, o grupo de trabalho no Governo português criado para a pandemia está já a monitorizar a situação “para não se chegar a fase de ruturas e falhas” e se poder “tomar as melhores medidas” em cada momento.
Já relativamente ao aumento dos preços, Maria do Céu Antunes avança que o executivo está a “preparar um cabaz de ajuda às famílias mais necessitadas”.
“É inevitável o aumento dos preços (…) e temos de estar preparados”, conclui.
A posição surge numa altura de aceso confronto armado na Ucrânia devido à invasão russa, tensões geopolíticas que estão a afetar cadeias de abastecimento, causando receios de rutura de ‘stocks’ e de crise alimentar.