O mercado global de bens de luxo está em alta, “pronto para se expandir no próximo ano e até ao final da década apesar da turbulência económica atual” indica a 21ª edição do estudo da consultora Bain & Company e da associação italiana Altagamma sobre este segmento de negócio.
Em percentagem, o salto previsto no mercado de bens pessoais de luxo este ano é de 22%, revelam as previsões do Bain & Company Luxury Study, a apontar para vendas na ordem dos 353 mil milhões de euros.
A confirmar-se este número, será a primeira vez que as vendas de bens pessoais de luxo passam a fasquia dos 300 mil milhões de euros, num desempenho aparentemente imune aos riscos da conjuntura económica. Mais: o salto é transversal à generalidade das marcas, uma vez que a análise refere crescimentos em 95% das insígnias.
COREIA DO SUL COMPENSA CHINA
Assim, no conjunto do ano, a quebra na China, devido às restrições impostas pela pandemia, será compensada pelo crescimento na Coreia do Sul e noutros mercados asiáticos.
Para 2023, a perspetiva continua a ser de um crescimento entre os 3% (cenário pessimista) e os 8% (cenário otimista), alicerçado na recuperação da China e na resiliência dos EUA e da Europa.
Mesmo perante o cenário de recessão esperado em 2023, os dados recolhidos neste estudo sugerem que “o impacto no sector do luxo pode ser diferente daquele que foi vivido na crise financeira de 2008-2009”.
MAIS 60% ATÉ 2030
“O mercado de luxo agora parece estar melhor preparado para lidar com a turbulência económica, até pela sua base de consumidores maior”, justifica.
No horizonte de 2030, o valor de vendas esperado é de 540 a 580 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 60% comparativamente a 2022, refere a consultora.
Em 2019, o mercado dos bens pessoais de luxo faturou 281 mil milhões de euros, tendo caído para os 220 mil milhões em 2020, devido à pandemia, mas recuperando logo a seguir para os 289 mil milhões.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL