Três meses foi o tempo médio de venda de uma casa, um período que se manteve sem grandes oscilações no primeiro semestre do ano face a 2021, consideram as consultoras imobiliárias consultadas pelo Expresso.
Fatores como a guerra na Ucrânia, a inflação e o aumento das taxas de juro no crédito à habitação não tiveram efeitos, para já, nos prazos médios de venda.
As razões prendem-se sobretudo com a falta de oferta, em especial nos aglomerados mais populosos, como é o caso dos concelhos das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, onde uma casa em boas condições e com o preço ajustado é vendida em poucas semanas.
Contudo, a médio prazo a situação poderá alterar-se e o período médio de venda pode vir a derrapar, advertem as consultoras.
“O tempo de venda de uma casa depende de vários fatores, como a localização, a tipologia e, naturalmente, o preço”, destaca Beatriz Rubio, CEO da RE/MAX.
Assim, em zonas densamente povoadas, como é a zona periférica de Lisboa, o “tempo de venda tende a ser menor”, bem como se for “um apartamento T2” colocado “a preço de mercado”, acrescenta a responsável. Frisa ainda que, em termos médios nacionais, o prazo médio “tem variado entre os 90 e os 100 dias”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL