As faturas energéticas das famílias poderão vir a ser tidas em conta pelos bancos para concederem créditos à habitação. A medida é uma das novidades introduzidas pelo Banco de Portugal e decorre da exposição da banca às alterações climáticas.
O administrador do Banco de Portugal Laginha de Sousa, explicou ao Correio da Manhã, por ocasião da apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira (REF), que “não haverá, para já, nenhuma recomendação”. Ainda assim, acrescentou, “o livro nestas matérias está ainda a ser escrito, naturalmente que, mais tarde, é uma matéria que tem de ser tida em conta”.
Segundo os dados citados no REF, a fatura energética média anual por agregado familiar na habitação (despesa com eletricidade, gás e outros combustíveis) é de 1.222 euros, representando cerca de 10,3% do total do rendimento familiar. Nas famílias com um rendimento inferior (700 a 1.200 euros mensais), o peso da fatura energética sobe para os 14,7%, tornando esses agregados mais vulneráveis às variações do preço da energia.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL