A adesão ao primeiro dia de paralisação das empresas de pronto-socorro “é total” nas regiões do Alentejo e do Algarve, mas não foi ainda possível aferir quantas empresas pararam as suas frotas, informou a ARAN.
“Iniciou-se esta madrugada uma paralisação de várias empresas de pronto-socorro, associadas e não associadas da ARAN [Associação Nacional do Ramo Automóvel]. Até este momento, não foi possível aferir o número de empresas que pararam as suas frotas de pronto-socorro, no entanto, a adesão nas regiões do Alentejo e Algarve é total”, lê-se num comunicado hoje divulgado.
Salientando que “o setor de pronto-socorro vive dias dramáticos” e que, “apesar do sinal positivo dado pelo Governo, o futuro adivinha-se cada vez mais difícil”, a associação alerta para que, “sem o esforço por parte do mercado, a situação de crise já insustentável vai agravar-se”.
Neste sentido, “reforça o apelo à Associação Portuguesa de Seguradoras para promover, junto das suas associadas, um diálogo permanente e construtivo com o objetivo de valorizar e dignificar a atividade de pronto-socorro”, que salienta ser “essencial para a circulação e segurança rodoviária”.
No comunicado, a ARAN destaca “o empenho” do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), que diz ter vindo a manter um “contacto próximo e permanente com a associação, a fim de articular os procedimentos para o acesso das empresas aos apoios concedidos pelo Governo”.
A associação avança ainda que, após a tomada de posse do novo governo, irá “remeter novas comunicações à tutela para prosseguir o trabalho já iniciado em 2019”.
As empresas de pronto-socorro iniciaram hoje uma paralisação nacional, por tempo indeterminado, defendendo que os apoios do Governo para fazer face à crise energética são insuficientes.
“As empresas que se dedicam a esta atividade, face à situação insustentável em que se encontram, reafirmaram à ARAN que, mesmo considerando os apoios agora anunciados, mantêm a decisão que já haviam tomado, de fazerem uma paralisação nacional, por tempo indeterminado, a partir de 23 de março”, lê-se num comunicado divulgado na segunda-feira.
A associação tem vindo a alertar para as “circunstâncias asfixiantes” que ameaçam a “sobrevivência” das empresas de pronto-socorro, apelando ao Governo para que tome medidas para atenuar o “aumento descontrolado” dos custos no setor.
“O aumento descontrolado dos custos gerais destas empresas, em particular dos combustíveis e da mão de obra, torna impossível a manutenção da atividade e dos postos de trabalho”, sustenta.
Embora considere “positivos” os apoios anunciados pelo executivo para fazer face à escalada energética, o setor considera que, perante a situação de crise económica vivenciada pelas empresas, estas ajudas são “insuficientes”.
Para as empresas de pronto-socorro, as seguradoras com quem trabalham devem também “fazer parte da solução”, reagindo à situação de crise que se vive, bem como os clientes a quem prestam serviços, que, apontaram, “não estão sensíveis ao problema, designadamente quanto aos custos gerais que suportam”.
A associação reclamou ainda ao Governo o alargamento ao setor dos apoios dados aos transportes públicos de passageiros.