As baixas por covid-19 processadas em janeiro, até dia 24, dispararam 706% face a dezembro, para 187 mil, tendo sido pagos 44,3 milhões de euros, revelam dados avançados hoje por fonte oficial do Ministério do Trabalho.
Segundo os dados do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social solicitados pela Lusa, em janeiro foram processados, até ao dia 24, um total de 187 mil subsídios por doença covid-19, que compara com 23,2 mil em dezembro, ou seja, um aumento superior a oito vezes.
Foram pagos 44,3 milhões de euros em baixas por covid-19 até 24 de janeiro face a 6,7 milhões de euros em dezembro.
A Segurança Social processou ainda 169 mil subsídios por isolamento profilático, um número superior em mais de 11 vezes ao verificado em dezembro, quando se registaram 15 mil baixas deste tipo.
Quanto aos valores pagos, em janeiro (até dia 24) o montante em subsídios de isolamento profilático ascendeu a 37,4 milhões de euros, enquanto em dezembro o valor foi de 4 milhões de euros.
Também o número de subsídios de isolamento profilático por assistência a filho ou neto disparou de 18,7 mil em dezembro para 32,9 mil em janeiro (até dia 24), tendo sido pagos 4 milhões de euros e 7,8 milhões de euros, respetivamente.
Segundo a fonte oficial do ministério, “tal como acontece todos os meses, alguns dos pagamentos de janeiro são relativos a pedidos apresentados ainda em dezembro”.
A Segurança Social tinha já registado um aumento significativo destes subsídios associados à evolução da pandemia em dezembro face a novembro, coincidindo com os primeiros picos do número de infetados com covid-19, tal como adiantou a Lusa.
Em novembro apenas foram processadas 8.900 baixas por covid-19, enquanto o número de subsídios de isolamento profilático foi de 10,8 mil e os subsídios de isolamento por assistência a filho ou neto 11,9 mil.
Segundo os dados da Direção-Geral de Saúde (DGS), os casos ativos totalizaram na segunda-feira 509.628 quando no início do mês eram de cerca de 213 mil.
A covid-19 provocou 5.593.747 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.613 pessoas e foram contabilizados 2.254.583 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A nova variante Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.