Entre 18 e 25 de setembro, o preço dos produtos alimentares do cabaz essencial voltou a registar uma subida considerável, com alguns itens específicos a destacarem-se pelas maiores variações de custo. De acordo com uma análise da DECO PROteste, três produtos em particular sofreram aumentos de preço bastante expressivos durante esse período, refletindo o impacto das atuais pressões económicas no bolso dos consumidores.
No topo da lista está o café torrado moído, que registou o maior aumento de preço. Atualmente a custar 3,99 euros, este item sofreu uma subida de 28%, o que representa um acréscimo de 88 cêntimos em relação ao preço anterior. O café, um dos produtos mais consumidos pelos portugueses, continua a ser sensível a variações no mercado global de commodities, o que se traduz em flutuações de preço frequentes.
O segundo produto a destacar-se nesta subida de preços são os cereais de fibra, cujo preço atual é de 4,82 euros. O aumento foi de 20%, o que significa que este item viu o seu preço crescer 80 cêntimos numa semana. Os cereais, sendo muitas vezes considerados uma alternativa saudável para o pequeno-almoço, têm sentido a pressão das subidas nos custos de produção e transporte.
A fechar o pódio dos produtos com maior aumento de preço está a massa em espirais, um dos alimentos básicos nas despensas dos portugueses. Este produto regista agora um preço de 1,49 euros, o que traduz um aumento de 15% (equivalente a 19 cêntimos). A massa, tal como outros derivados de cereais, tem vindo a ser afetada pela volatilidade dos preços das matérias-primas no mercado internacional.
Tendência de alta e impacto nos consumidores
Este aumento dos preços no cabaz alimentar reflete a continuação de uma tendência que tem vindo a preocupar os consumidores portugueses ao longo dos últimos meses. A análise da DECO PROteste sublinha que estes aumentos estão a ser impulsionados por uma combinação de fatores, incluindo o aumento dos custos de produção, a volatilidade nos mercados globais de matérias-primas e as disrupções nas cadeias de abastecimento.
A subida dos preços destes três produtos essenciais afeta de forma direta o orçamento das famílias, que já se encontram pressionadas pela inflação em diversos setores. Embora não seja um fenómeno novo, o impacto da escalada de preço no cabaz alimentar tem sido sentido de forma mais acentuada em 2024, exigindo uma maior contenção e gestão financeira por parte dos consumidores.
Com o aumento de preços a afetar tanto bens alimentares como outros produtos de primeira necessidade, torna-se cada vez mais imperativo que medidas sejam tomadas para mitigar os efeitos deste fenómeno, especialmente nas famílias de rendimentos mais baixos, que enfrentam maiores dificuldades em ajustar os seus orçamentos a estas novas realidades.
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