O orçamento da Câmara de Lagos para 2023 ascende a 84,9 milhões de euros, um aumento de 16% em relação a 2022, priorizando a habitação, proteção ambiental, cultura e transportes, anunciou esta quinta-feira o município.
Em comunicado, o município de Lagos, no distrito de Faro, adianta que o orçamento e o Plano Plurianual de Investimentos (PPI) foram aprovados na quarta-feira pelo executivo autárquico de maioria socialista.
De acordo com os números avançados pela autarquia, as despesas correntes absorvem 54% do total da despesa, e as de capital 46%, num PPI que prevê a implementação de projetos e ações no valor de 38 milhões de euros.
As áreas da proteção do meio ambiente e conservação da natureza, da habitação, da cultura e dos transportes rodoviários, representam 58% do total do PPI e 26% do total da despesa prevista, lê-se na nota.
O município ressalva que “não exclui a necessidade de adaptação das previsões face ao cenário macroeconómico de grande incerteza” que caracteriza a atualidade política, social e financeira, bem como a prorrogação e alargamento dos apoios às famílias, empresas e instituições.
A autarquia adianta que os seus objetivos estratégicos foram organizados em torno de quatro pilares de desenvolvimento definidos para o quadriénio 2021/2025 que visam tornar Lagos um concelho “cada vez mais solidário, seguro, saudável, ordenado, acessível, limpo, sustentável e próximo das pessoas”.
Aumento e a reabilitação da oferta habitacional municipal “continua a ser o objetivo prioritário”
O aumento e a reabilitação da oferta habitacional municipal “continua a ser o objetivo prioritário”, segundo a autarquia, estando prevista a construção de 255 fogos, acompanhada de um programa de arrendamento acessível para dar resposta aos agregados de familiares que “sentem dificuldades em acomodar a sobrecarga com a habitação”.
De acordo com a Câmara de Lagos, no eixo da sustentabilidade, o investimento vai ser aplicado sobretudo em ações de planeamento do território e de práticas adaptativas e mitigadoras das alterações climáticas, na valorização do património histórico-cultural e natural.
No capítulo das acessibilidades e mobilidade, as atenções, diz a autarquia, viram-se para a requalificação da estrada da Ponta da Piedade, para a conclusão da variante norte da Luz, para os estímulos à utilização do transporte coletivo e à mobilidade suave.
O orçamento e o Plano Plurianual de Investimentos vão ser submetidos à aprovação da Assembleia Municipal, de maioria PS, na próxima segunda-feira.