Existem setores de atividade onde o facto de haver mais procura de funcionários do que oferta é uma realidade em Portugal. Os funcionários, ou melhor, os bons funcionários qualificados são cada vez mais raros, e é preciso as empresas entenderem o que move um funcionário e existir uma efetiva partilha entre o que o funcionário pode dar à empresa e o que a empresa pode pagar ou oferecer de forma justa a um funcionário.
São vários os motivos que levam ao absentismo laboral, uma situação que deixa muitas empresas numa posição complicada e que acabam por rever frequentemente os recursos humanos. Existem vários tipos de, cada um com um significado e uma forma de o resolver. Hoje vamos falar sobre absentismo laboral e de como pode contrariar o mesmo.
Tipos de absentismo laboral, como os considerar
Existem vários tipos de absentismo laboral, porque não basta falar de uma “falta”, existem várias nuances sobre essa falta e padrões que devemos analisar para configurar um tipo de absentismo específico. Eis os mais comuns:
Absentismo justificado
Na prática, esta é uma falta justificada, através de documento passado por uma entidade, que atesta que a pessoa faltou ao trabalho por um motivo aceite legalmente. Estamos a falar de idas ao médico, tribunais, acompanhar uma criança a determinado local, etc. São faltas que, na generalidade, são aceites pela entidade patronal.
Absentismo injustificado ou crónico
Este caso é aplicado quando o colaborador se ausenta sem uma razão válida ou sem notificar previamente a empresa, comprometendo as operações diárias. Pode ainda tratar-se de um padrão recorrente de ausências, geralmente associado a problemas na insatisfação ou situações pessoais persistentes.
Absentismo por burnout
Este decorre de sobrecarga de trabalho e stress, levando o colaborador a precisar de períodos de afastamento para recuperar a saúde mental e física. Os períodos variam e podem ser acompanhados de consultas de saúde mental.
Absentismo por baixa
Nem sempre podemos prever a nossa saúde. A baixa é usada normalmente pelo trabalhador para poder tratar da sua saúde, podendo esta ser física ou psicológica. Na baixa, não basta a pessoa estar doente, tem também que cumprir algumas regras estipuladas mediante a baixa em questão. E acima de tudo, a baixa não é paga pelo empregador, mas sim pela Segurança Social, e mediante a duração da baixa, esta pode só ser paga ao fim de um mês ou um mês e meio de início da mesma.
Se a baixa for inferior a 3 dias, não existe lugar a qualquer pagamento, mas a falta está justificada perante o trabalho.
Como reduzir o absentismo no local de trabalho
A promoção de um ambiente de trabalho saudável, inclusivo e proativo é sem dúvida um bom início e o mínimo que se pode fazer para combater a falta de motivação para trabalhar ou mesmo para reduzir o absentismo laboral. Mas existem outras situações que podem diminuir ou mesmo eliminar o absentismos de alguns funcionários, tais como as que iremos referir de seguida:
Melhores condições de trabalho
Ter as condições necessárias ao trabalho é um ponto importante. Por exemplo, se é um trabalho de escritório ou um callcenter, ter cadeiras de escritório de elevada qualidade pode impactar não só na forma como o colaborador vê a empresa mas também na forma como a empresa consegue motivar o trabalhador ao cuidar da sua saúde física.
Assim, sem dores e com opções de qualidade para se sentar várias horas por dia, o trabalhador sente-se motivado a estar no emprego, de forma mais proativa e sem faltar.
O fator salarial
O salário é inevitavelmente um fator importante, pois num mundo empresarial cada vez mais competitivo e com a inflação, o salário é algo que pesa nas decisões de um funcionário na sua manutenção do posto de trabalho. Oferecer algumas alterações no pacote salarial, como o subsídio de refeição em cartão (pois paga menos impostos) ou a oferta de um seguro de saúde são prática corrente na maioria das empresas que pretendem dar mais algum “extra” ao funcionário, e servem para o “fidelizar” à empresa, com algo que para a empresa acaba por não ter um grande custo envolvido.
É também importante para a empresa consultar o mercado e perceber qual é o salário médio de cada um dos funcionários ou dos departamentos, para poder analisar se está dentro da média e poder assim ter uma verdadeira competitividade salariam.
Identificar problemas, criar soluções
Para todos outros problemas que uma empresa possa ter, é importante pensar sempre na solução, e que esta seja rápida, eficaz e funcional. É normal que existam pessoas tóxicas numa grande empresa, situações de fricção entre funcionários, e um grande conjunto de situações. Mas o fundamental é a chefia estar a par das coisas e providenciar soluções que resolvam este problema de forma breve.
É também importante a empresa saber que esta não vive sem o trabalhador, mas que o trabalhador também não consegue viver sem um emprego numa empresa. Ambos precisam um do outro, e esta sinergia deve funcionar bem para os dois lados para se evitar absentismos.