O Bankinter quer continuar a crescer mas sem fazer aquisições. A operação que o grupo tem em Portugal desde 2016 tem dado frutos e o banco liderado por Maria Dolores Dancausa está satisfeito com os resultados.
Na conferência de imprensa desta quinta-feira, agendada para fazer a apresentação dos resultados dos primeiros seis meses do ano, a gestão afastou qualquer cenário de aquisição em Portugal. “Vamos continuar a crescer de forma orgânica” , disse Jacobo Díaz diretor financeiro do Bankinter.
Também Maria Dolores Dancausa referiu que a operação tem tido um crescimento positivo e que não há nenhuma mudança relativamente a Portugal.
O contributo de Portugal para o lucro da casa-mãe ascendeu a 30 milhões de euros, antes de impostos. Com o crédito a crescer 10% e os recursos 19% nos primeiros seis meses do ano.
Confrontados com o aumento das taxas de juro e o seu impacto no negócio bancário, Jacobo Díaz disse não ver nenhum problema: “Trata-se de uma normalização, depois de tantos anos de juros negativos”. Contudo, o diretor financeiro também disse que “poderá haver algum impacto nas carteiras de divida pública”. O que dependerá de como a dívida pública está classificada.
Na banca portuguesa a maior parte da dívida está classificada como investimento até à maturidade, pelo que as perdas não são contabilizadas.
O Bankinter está em Portugal desde 2016 quando comprou a rede comercial do Barclays e uma parte da atividade comercial do mesmo. O banco mantém-se como sucursal e consolida os resultados em Espanha.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL