O belga Wout van Aert (Visma-Lease a Bike) ganhou esta sexta-feira ao sprint a terceira etapa da Volta ao Algarve em bicicleta, com o colombiano Daniel Martínez (BORA-hansgrohe) a manter a liderança em Tavira.
No final dos 192,2 quilómetros entre Vila Real de Santo António e Tavira, Van Aert impôs-se em 4:50.57 horas, o mesmo tempo do português Rui Oliveira (UAE Emirates) e do alemão Marius Mayrhofer (Tudor), segundo e terceiro, respetivamente.
Na geral, Daniel Martínez, vencedor em 2023, tem quatro segundos de vantagem sobre o belga Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step) e 12 sobre o norte-americano Sepp Kuss (Visma-Lease a Bike).
No sábado corre-se a quarta e penúltima etapa, um contrarrelógio de 22 quilómetros em Albufeira.
Declarações após a terceira etapa entre Vila Real de Santo António e Tavira
– Wout van Aert, Bel, Visma-Lease a Bike (vencedor da etapa): “Por acaso, foi uma decisão de última hora [ri-se], mas uma fantástica. O meu objetivo era manter-me fora de apuros, mas a aproximação ao sprint foi mais fácil e segura do que na primeira etapa. A determinada altura, vi-me na frente com a equipa, e pensei ‘por que não?’.
Claro que é bom (conquistar a primeira vitória da época). Depois de uma prestação como a de ontem [quinta-feira], talvez isto tenha sido mais importante para a minha confiança, para testar o verdadeiro estado das minhas pernas. Sou um ciclista e quero ganhar, por isso é bom começar a época com uma vitória aqui em Portugal.
(ainda pode lutar pela geral?) Penso que não será possível. Especialmente amanhã [sábado], espero perder tempo. Não toquei na minha bicicleta de contrarrelógio no inverno, por isso não foi definitivamente uma boa preparação. De qualquer maneira, ciclistas como o Remco [Evenepoel] são difíceis de bater. Vou dar o meu melhor.
Se ainda tivermos alguns corredores em boa posição [na geral] depois do contrarrelógio, podemos jogar as nossas cartas no domingo”.
– Rui Oliveira, Por, UAE Emirates (segundo na etapa): “Fazer segundo para um corredor como o Van Aert… acho que não podia perder para um ciclista melhor. Tentei dar luta e vencer em casa, ganhar para aqueles que me apoiam. Estive quase, estou frustrado, mas amanhã vou estar orgulhoso.
Acho que hoje é a prova disso [que merece a confiança da equipa]. Estive mesmo perto de ganhar, hoje era o dia. Aproveitei a única oportunidade que tive nestes últimos anos, portanto acho que está tudo dito”.
– Daniel Martínez, Col, BORA-hansgrohe (líder da geral individual): “Amanhã [sábado], é uma questão de pernas. Sabemos que o Van Aert e o Remco são especialistas no contrarrelógio, por isso vou tentar fazer o meu melhor.
Para já, sinto-me bem. Tenho uma boa equipa, mas primeiro é preciso passar o dia de amanhã [sábado]”.
– Carlos Miguel Salgueiro, Por, AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense (ciclista mais combativo): “Tentei [chegar isolado a Tavira]. Sabia que era uma tarefa difícil, porque hoje era uma das únicas duas chegadas ao sprint desta Volta ao Algarve e as equipas dos sprinters não iam permitir que isso acontecesse, mas tentei chegar o mais longe possível e fui apanhado já perto dos 10 quilómetros finais, o que foi muito bom para a equipa.
É uma honra para mim ir ao pódio numa corrida deste nível, com ciclistas do WorldTour, é mais um pequeno sonho realizado hoje”.
Leia também: Ciclista português mais consistente na ‘Algarvia’ abandona na sequência de queda