A 48.ª edição da Volta ao Algarve em bicicleta arranca em Portimão, em 16 de fevereiro, e termina cinco etapas depois com uma ligação entre Lagoa e o alto do Malhão, segundo o traçado hoje apresentado pela organização.
A primeira etapa será destinada aos velocistas, ligando Portimão a Lagos, antes de a segunda etapa ligar Albufeira ao alto da Fóia em 182,4 quilómetros, no primeiro grande teste aos candidatos à vitória final.
A nova edição, hoje apresentada em Faro, mantém os principais ‘pratos fortes’ da corrida nos últimos anos, repetindo o final na subida ao Malhão, após 173 quilómetros iniciados em Lagoa, para encerrar a corrida, a mais bem cotada no ‘ranking’ em Portugal.
Este município não acolhe, desta feita, o contrarrelógio individual, que na quarta etapa vai ligar Vila Real de Santo António a Tavira, já depois de um terceiro dia dedicado aos ‘sprinters’, entre Almodôvar e Faro (209,1 km).
O percurso mantém, por isso, o esquema habitual, com dois dias dedicados aos homens mais rápidos do pelotão, dois dias de montanha, a acabar nos principais pontos altos da região, e um ‘crono’, para testar um pelotão de 25 equipas, 10 delas do máximo escalão mundial, o WorldTour.
Entre os principais nomes que constam na lista provisória de 174 corredores inscritos, nota para 25 do ‘top 100’ mundial, que a organização destaca como “um dos melhores registos de sempre” na ‘Algarvia’.
Entre os principais candidatos a suceder ao português João Rodrigues (W52-FC Porto), ele próprio um nome para voltar a ter em conta, destaque para o ‘prodígio’ belga Remco Evenepoel (QuickStep-Alpha Vinyl), que venceu a corrida em 2020.
Há também o norte-americano Brandon McNulty (UAE Emirates) ou o francês David Gaudu (Groupama-FDJ), não descontando o britânico Geraint Thomas (INEOS), outro antigo vencedor, em 2015 e 2016, ou o norueguês Tobias Foss, líder de uma Jumbo-Visma que traz ao sul do país os principais jovens valores.
A prova terá ainda o britânico Thomas Pidcock (INEOS), campeão olímpico de ‘cross country’ e recente campeão mundial de ciclocrosse, o campeão mundial de fundo sub-23, o italiano Filippo Baroncini (Trek-Segafredo), o contrarrelogista suíço Stefan Küng (Groupama-FDJ) e vários ‘sprinters’ de renome, com o neerlandês Fabio Jakobsen (QuickStep-Alpha Vinyl) à cabeça.
O alemão Pascal Ackermann (UAE Emirates) é outro velocista que regressa a uma prova em que já venceu, mas também haverá o dinamarquês Mads Pedersen (Trek-Segafredo), numa prova com quatro portugueses ‘emigrados’ na lista provisória: Rui Oliveira (UAE Emirates), Ivo Oliveira (UAE Emirates), Iúri Leitão (Caja Rural-Seguros RGA) e André Carvalho (Cofidis).
Ao lado do contingente estrangeiro estarão as dez equipas continentais portuguesas, com a W52-FC Porto como principal destaque, até por ter o último campeão.
O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, explicou hoje, durante a apresentação, que esta prova “é especial”, por provar que Portugal pode realizar grandes eventos desportivos e atrair “estágios desportivos na região”.
Já o presidente do Turismo do Algarve, João Fernandes, enalteceu o retorno mediático da prova, que “duplicou dos 7,6 milhões de euros em 2018 para os 14,7 milhões em 2021”.
– Percurso da 48.ª Volta ao Algarve:
1.ª etapa, 16 fev: Portimão – Lagos, 199,1 quilómetros.
2.ª etapa, 17 fev: Albufeira – Fóia, 182,4 km.
3.ª etapa, 18 fev: Almodôvar – Faro, 209,1 km.
4.ª etapa, 19 fev: Vila Real de Santo António – Tavira, 32,2 km (CRI).
5.ª etapa, 20 fev: Lagoa – Malhão, 173 km.