O Sporting, da I Liga, venceu esta sexta-feira o Portimonense, da II Liga, por 2-1, em jogo da terceira eliminatória da Taça de Portugal em futebol, com o golo do triunfo, apontando por Harder, a chegar já aos 90+4.
Em Portimão, na ronda que marca a estreia das equipas do escalão máximo na Taça, o avançado dinamarquês Conrad Harder marcou aos 40 minutos, com o Portimonense a empatar pelo nigeriano Elijah, aos 87, antes de Harder bisar na partida e garantir o triunfo já no último minuto dos descontos.
O Sporting, finalista vencido em 2023/24 e que conquistou o troféu pela última vez em 2018/19, é o primeiro apurado para a quarta eliminatória da Taça de Portugal.
Declarações após o jogo Portimonense-Sporting
Ricardo Pessoa (treinador do Portimonense): “Não posso dizer que tenha faltado alguma coisa. Acho que tínhamos uma estratégia bem delineada, que os meus jogadores executaram quase na perfeição.
Perfeição seria se não tivéssemos sofrido os dois golos, este último num momento de transição, em que estávamos balanceados no ataque à procura de chegar perto da baliza do Sporting.
O Sporting é mais forte, foi mais forte. Nós sabíamos que iríamos ter algumas ‘janelas’ de oportunidade, trabalhámos para isso e elas apareceram.
Nos últimos 15 minutos, tornámos a equipa mais pressionante, porque até aí o Sporting estava a ter bola e a controlar o jogo, os centrais a jogar com facilidade. A partir daí, tentámos pressionar mais e ser mais audazes, mas, no final, o resultado acaba por ser justo, mas frustrante, porque sofremos no fim.
Vínhamos a sofrer demasiados golos nos últimos jogos e hoje, contra uma equipa como o Sporting, que já goleou no campeonato por várias vezes, nós fomos defensivamente muito rigorosos, muito concentrados. Isso deu-me indicadores muito positivos para o que vem aí do campeonato.”
– Rúben Amorim (treinador do Sporting): “Obviamente, há exibições que foram muito boas, o Bruno [Ramos] principalmente, por ter menos experiência. Adaptou-se muito bem, muito certinho em tudo o que fez, muito agressivo, tem capacidade física muito boa.
Nós tivemos sempre o jogo controlado, uma coisa boa também é que não deixámos o Portimonense criar perigo. Tivemos ali umas partes onde fazíamos uma falta, a bola ia para canto e depois sofríamos muito nas bolas paradas, algo que temos de mudar, porque as características dos nossos centrais mudaram um bocadinho. Há coisas boas e há coisas más, e nós temos de melhorar nesse aspeto.
Demorámos a criar ocasiões, mas era um bloco muito baixo e temos de lutar contra isso. Com o jogo controlado, fizemos um golo, tivemos várias bolas a passar à frente da baliza e faltou-nos alguma agressividade aí.
Na segunda parte, podíamos ter feito golo, não fizemos e depois, numa bola parada, surgiu o empate. Ainda tivemos a capacidade de dar a volta novamente ao resultado. Acaba por ser uma vitória justa num jogo em que não precisávamos de sofrer tanto.
O Conrad [Harder] jogou muito bem como avançado. Não tem ainda a mesma potência do Viktor [Gyökeres], também é difícil. São dois grandes golos, duas boas finalizações. Adaptou-se bem à esquerda, algo cansado no fim porque esteve nas seleções, mas estou muito satisfeito com o rendimento dele.
Não considero que o Sporting esteja ‘desligado’, porque na primeira parte tivemos uma boa reação à perda de bola. Não estivemos tão imaginativos, mas às vezes faltam algumas coisas, devido às características dos jogadores. Devíamos ter feito o segundo golo para assentar o jogo.
O ‘chip’ [para o jogo da Liga dos Campeões] vai ser mudado como sempre. Quando eram goleadas atrás de goleadas, eu tratava da mesma forma. Tentava ver o que se podia melhorar, mas eu conheço os meus jogadores.
Ganhámos, seguimos em frente. Foi boa a vitória no tempo que foi, porque [um prolongamento] iria condicionar-nos muito para terça-feira e seria mais complicado”.
Sporting segue em frente na Taça com golo de Conrad Harder no ‘último suspiro’ em Portimão
Um ‘bis’ do dinamarquês Conrad Harder, com golo decisivo aos 90+4 minutos, permitiu ao Sporting apurar-se para a quarta ronda da Taça de Portugal de futebol, ao bater fora o Portimonense por 2-1.
Os ‘leões’ somaram uma vitória justa, com golos do dianteiro nórdico, aos 40 e 90+4 minutos, mas ‘abusaram’ dos ‘serviços mínimos’ na segunda metade e sofreram quando o nigeriano Elijah Benedict restabeleceu momentaneamente a igualdade, aos 87 minutos.
O Sporting evitou o prolongamento e, para satisfação de Rúben Amorim, cumpriu a missão sem mais desgaste antes de deslocação de terça-feira ao reduto dos austríacos do Sturm Graz, para a terceira jornada da fase de liga da Liga dos Campeões.
Além da estreia absoluta do jovem central Bruno Ramos (19 anos), que esteve em bom plano, Amorim promoveu ainda o regresso à titularidade de Kovacevic, Ricardo Esgaio, Geovany Quenda e Nuno Santos, face à vitória sobre o Casa Pia (2-0), enquanto nos algarvios foram quatro as alterações no ‘onze’ em relação à derrota com o Leixões (3-0).
Com as duas equipas a colocarem em jogo três centrais, os algarvios fortaleceram o meio-campo com mais um elemento, em ‘3x5x2’, assumindo a maior predisposição defensiva perante um Sporting mais dominador, cenário que logo muito cedo se confirmou no campo.
Os ‘leões’ visaram a baliza algarvia logo aos três minutos, num remate forte do dinamarquês Conrad Harder afastado para canto por Vinicius Silvestre, e continuaram a dominar na posse de bola, empurrando o Portimonense para o último terço defensivo.
Mostrando-se ‘por cima’, mas sem ser avassalador, o Sporting começou a intensificar a pressão por volta da meia hora: Conrad Harder chegou ligeiramente atrasado a um cruzamento ‘venenoso’ de Geovany Quenda, enquanto Hjulmand cabeceou para nova excelente defesa do guardião dos algarvios.
Pouco depois de uma ameaça de Camilo Durán – a única dos anfitriões no primeiro tempo –, a vantagem ‘leonina’ surgiu aos 40 minutos, num lance em que Conrad Harder, servido por Nuno Santos, foi ágil a fugir da marcação direta e a finalizar de forma certeira com o pé esquerdo.
Trincão esteve perto do 2-0 logo a abrir a segunda metade, mas o Portimonense, com Chico Banza entrado ao intervalo, apareceu mais vezes no ataque no reatamento e Tamble Monteiro rematou muito por cima na ocasião mais flagrante deste período (54 minutos).
Com Gyökeres a fazer companhia a Harder no ataque a partir dos 64 minutos, o Sporting começou a controlar em demasia, a gerir a vantagem em ‘serviços mínimos’, o que acabou por resultar no golo do empate, por Elijah Benedict, aos 87 minutos, na sequência de canto e de um desvio de cabeça de Alemão.
O Portimonense ainda ‘sonhou’ com o prolongamento, mas Conrad Harder, servido pelo goleador sueco, fez a desfeita aos algarvios no quarto minuto de descontos, com uma conclusão na ‘cara’ de Vinicius Silvestre, aliviando os ‘leões’ de meia hora de tempo extra.
Jogo disputado no Estádio Municipal de Portimão
Portimonense – Sporting, 1-2
Ao intervalo: 0-1
Marcadores:
0-1, Conrad Harder, 40 minutos.
1-1, Elijah Benedict, 87.
1-2, Conrad Harder, 90+4.
Equipas:
– Portimonense: Vinicius Silvestre, Jefferson Maciel, Alemão, Filipe Relvas, Ruan, Diogo Ferreira (Davis, 81), Diaby, Geovane, Tony, Camilo Durán (Chico Banza, 46) e Tamble Monteiro (Elijah Benedict, 70).
(Suplentes: Philip Tear, Feliciano, Kelechi John, Yuki Kobayashi, Cláudio Mendes, Davis, Francisco Varela, Chico Banza e Elijah Benedict).
Treinador: Ricardo Pessoa.
– Sporting: Kovacevic, Bruno Ramos (Fresneda, 82), Debast (Lucas Taibo, 90+6), Gonçalo Inácio, Ricardo Esgaio (Geny Catamo, 64), Hjulmand, Daniel Bragança, Nuno Santos, Geovany Quenda (Viktor Gyökeres, 64), Trincão e Conrad Harder.
(Suplentes: Franco Israel, St. Juste, Morita, Viktor Gyökeres, Maxi Araújo, Geny Catamo, Fresneda, Henrique Arreiol e Lucas Taibo).
Treinador: Rúben Amorim.
Árbitro: Hélder Malheiro (AF Lisboa).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Hjulmand (81) e Gonçalo Inácio (85).
Assistência: 3.681 espetadores.
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